Análise das notificações de sífilis congênita em um hospital universitário na cidade de Niterói de 2016 a 2020

Autores

  • Andrea Menezes Gonçalves
  • Carolina Batista Fernandes
  • Ilana Rangel Messias
  • Stephanie Barcante
  • Julia Sampaio de Souza Morais
  • Julia Sampaio Fernandes Camacho
  • Renato de Souza Bravo
  • Adauto Dutra Moraes Barbosa
  • Fernando Raphael de Almeida Ferry

Palavras-chave:

sífilis congênita, serviços de vigilância epidemiológica, saúde pública

Resumo

Introdução: A eliminação da sífilis congênita é um desafio para a saúde pública mundial. A falha de planos de controle anteriores força as autoridades a
repensar as estratégias, sendo a notificação compulsória ferramenta importante na obtenção de dados. Objetivo: Analisar as notificações de sífilis congênita
pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica do Hospital Universitário Antônio Pedro no período entre janeiro de 2016 e agosto de 2020. Métodos:
Estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo. Na análise descritiva das variáveis categóricas, foram utilizadas as frequências absolutas e relativas; já para
numéricas, foram utilizadas as medidas tendência central e dispersão. Foram feitos correlação de Spearman, teste de Mann-Whitney e teste exato de Fisher
com o software R (versão 4.0.3). Foram considerados os critérios de Hills para causalidade. Resultados: Das 67 fichas examinadas, duas foram excluídas
por duplicidade. Foram analisadas 48 variáveis. Nenhuma ficha estava completamente preenchida, e alguns dados estavam ausentes em mais de 90%. De
acordo com os dados maternos, 60% das pacientes são de Niterói, com idade de 23,09 anos em média, pardas (32,31%), 13,85% não terminou os estudos
da 5ª a 8ª série e 80% fez pré-natal, porém menos da metade teve tratamento adequado indicado. Quanto às crianças, 55,38% eram do sexo feminino, 40%
pardas, com idade média de 90,98 dias; 72,31% nasceram no Hospital Universitário Antônio Pedro. Quanto às que não nasceram nesse hospital, o local
de nascimento foi significativo para que fossem assintomáticas (69,23%, p=0,001); já o sintoma mais comum foi a icterícia. Conclusão: A melhora do
seguimento e investigação dos casos notificados pode diminuir significativamente essa alta porcentagem de informações ausentes, melhorando a qualidade
da informação. A maioria das gestantes fez acompanhamento pré-natal e, portanto, trata-se de caso evitável, já que o diagnóstico materno no período
periparto acontece quando a chance de transmissão vertical já ocorreu e já há consequências para a criança.

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Publicado

2022-02-13

Como Citar

1.
Gonçalves AM, Fernandes CB, Messias IR, Barcante S, Morais JS de S, Camacho JSF, et al. Análise das notificações de sífilis congênita em um hospital universitário na cidade de Niterói de 2016 a 2020. DST [Internet]. 13º de fevereiro de 2022 [citado 3º de julho de 2024];33. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/1163

Edição

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Artigo original