Correlação entre infecções genitais e alterações citopatológicas cervicais em pacientes atendidas no Sistema de Saúde Pública de Porto Alegre

Autores

  • Débora L Becke
  • Andressa W Brochier
  • Cristiane B Vaz
  • Julyana P Oliveira
  • Maria de Lourdes V Santos
  • Diogo André Pilger
  • Luciane Calil
  • Alexandre M Fuentefria

Palavras-chave:

doenças sexualmente transmissíveis (DST), neoplasias do colo do útero, exame citológico preventivo

Resumo

Introdução: o câncer cervical tem sido apontado como a segunda neoplasia mais comum entre as mulheres, sendo muitas vezes associado a agentes infecciosos (AI) relacionados a doenças sexualmente transmissíveis (DST) ou oportunistas do trato genitourinário. Objetivo: avaliar diferentes variáveis epidemiológicas, assim como a prevalência dos AI encontrados no exame citológico preventivo e correlacioná-las às alterações citológicas cervicais benignas e malignas. Métodos: análise retrospectiva dos laudos de exames citológicos emitidos entre os anos de 2004 e 2009 de pacientes atendidas em 33 Unidades Básicas de Saúde de Porto Alegre. Foram selecionados 850 laudos de diferentes pacientes e analisadas as variáveis: faixa etária, grau de instrução, AI e alterações celulares. Resultados: cerca de 70% das pacientes situam-se na faixa etária entre 14 e 45 anos, predominando o 1o grau incompleto (38,4%). O agente infeccioso que apresentou maior prevalência foi a Gardnerella vaginalis, com 15,6%, seguida de Candida sp.(2,3%) e Trichomonas vaginalis (2,2%). Dentre as alterações celulares cervicais benignas, a que apresentou maior prevalência foi o epitélio inflamatório (67%), sendo a maioria observada na faixa etária mais jovem. Obteve-se correlação estatisticamente significativa entre as alterações celulares cervicais benignas com os agentes infecciosos e com a idade, sendo que dos 275 casos de inflamação, 161 (58,5%) apresentavam também algum AI. Em relação às alterações celulares malignas, poucos casos foram detectados, não sendo possível obter qualquer correlação. Conclusão: os resultados observados em nosso estudo sugerem que há correlação de alterações cérvico-vaginais benignas com casos de infecções microbianas concomitantes ou pregressas nas pacientes avaliadas neste estudo.

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Biografia do Autor

Débora L Becke

Discente do curso de Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Andressa W Brochier

Discente do curso de Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Cristiane B Vaz

Discente do curso de Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Julyana P Oliveira

Discente do curso de Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Maria de Lourdes V Santos

Centro de Pesquisas Ginecológicas (CEPEG), Porto Alegre, RS.

Diogo André Pilger

Professor Adjunto do Departamento de Análises, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Luciane Calil

Professor Adjunto do Departamento de Análises, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Alexandre M Fuentefria

Professor Adjunto do Departamento de Análises, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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Publicado

2011-09-25

Como Citar

1.
Becke DL, Brochier AW, Vaz CB, Oliveira JP, Santos M de LV, Pilger DA, et al. Correlação entre infecções genitais e alterações citopatológicas cervicais em pacientes atendidas no Sistema de Saúde Pública de Porto Alegre. DST [Internet]. 25º de setembro de 2011 [citado 28º de julho de 2024];23(3):116-9. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/1007

Edição

Seção

Artigo original