Perfil epidemiológico dos pacientes HIV-positivo cadastrados no Município de Teresópolis, RJ
Palavras-chave:
síndrome da imunodeficiência adquirida, HIV, perfil de saúde, DSTResumo
Introdução: a partir da década de 1980 teve início a epidemia pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), a síndrome da imunodeficiência humana (aids). Por não haver opção terapêutica, naquela época, os pacientes diagnosticados evoluíram rapidamente a óbito. Desde 1996, com a inserção da terapia antirretroviral, a infecção pelo HIV tornou-se uma doença crônica, o que dificulta a adesão ao tratamento proposto, em vários casos. Objetivo: avaliar o perfil dos pacientes acompanhados no ambulatório de DST/aids da Divisão de Vigilância Epidemiológica de Teresópolis-RJ e relacioná-lo com o índice de comparecimento às consultas, as dosagens de CD4 e carga viral e os óbitos. métodos: este é um estudo transversal retrospectivo de caráter quali-quantitativo. Analisamos prontuários de pacientes com diagnóstico de aids disponíveis na Divisão de Vigilância Epidemiológica de Teresópolis cadastrados no período de 2000 a 2010. resultados: pacientes que realizavam acompanhamento médico a cada 3 meses apresentaram carga viral menor e níveis de CD4 maiores em relação aos que não acompanhavam regularmente (p < 0,01). Pacientes que foram a óbito tiveram menor comparecimento regular às consultas, como também menor tempo de evolução da doença (p < 0,01 nas duas análises). Conclusão: foram poucas as diferenças entre os dados confrontados por nós e aqueles encontrados na literatura, sendo a principal divergência relacionada à predominância de casos de HIV/aids no sexo feminino e maior número da carga viral nesse grupo.