Prevenção do câncer cervical
associação da citologia oncótica a novas técnicas de biologia molecular na detecção do papilomavírus humano (HPV)
Palavras-chave:
HPV, DST, PCR, E6, E7, câncerResumo
Introdução: o câncer do colo uterino é conhecido como uma das causas mais frequentes de óbito na população feminina em todo o mundo. A infecção persistente por papilomavírus humano (HPV) é o principal fator de risco para o câncer cervical e suas lesões precursoras. Objetivo: avaliar os métodos diagnósticos do câncer cervical: citologia oncótica, DNA do HPV pela PCR, detecção do RNAm das proteínas E6 e E7 dos HPVs de alto risco, para acrescentar novos marcadores na detecção do HPV em amostras com citologia alterada. Métodos: foram avaliados os resultados da citologia oncótica de 3.000 pacientes, atendidas no Laboratório Vital, Nonoai – RS, de março de 2009 a janeiro de 2010, classificando-as conforme a faixa etária e codificação de Bethesda, 2001. Foram selecionados dois grupos: o grupo A incluiu pacientes com citologia prévia alterada e o grupo B, pacientes com citologia sem anormalidades. Foram coletadas 47 amostras, 22 do grupo A e 25 do grupo B. Três amostras do grupo B apresentaram inibidores da PCR e foram excluídas. A análise dos dados considerou 22 amostras em cada grupo. A detecção do HPV foi feita pela reação em cadeia da polimerase (PCR) utilizando-se os primers consenso MY9/11 e GP5+/6+. O RNAm das proteínas E6 e E7 foi detectado pelo método Real-Time NASBA. Resultados: nas amostras do grupo A, houve detecção do DNA/HPV pela PCR em 14 (64%) amostras, e RNAm das proteínas E6 e E7 do HPV em seis (27%) amostras. Todas as 22 amostras do grupo B foram negativas nos métodos moleculares. Conclusão: neste estudo, a citologia prévia alterada associada a testes moleculares indica a necessidade de monitoramento ou intervenção terapêutica das pacientes. Assim, conclui-se que a citologia oncótica associada à detecção do DNA do HPV pela PCR e à expressão das oncoproteínas E6 e E7 é a alternativa para identificar precocemente pacientes com elevado risco de desenvolver o câncer cervical.