Os contratos de leitura no discurso publicitário de campanhas de comunicação em saúde

uma análise da campanha “Eu sei. Você sabe?”

Autores

  • Ana Cláudia Costa Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Arthur Barbalho Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Suelayne Sousa Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Juciano de Sousa Lacerda 1Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Mar Marcos Molano Universidad Complutense de Madrid
  • Maria Natália Ramos
  • Lilian Carla Muneiro Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Palavras-chave:

epidemias, sífilis, estudos de avaliação como assunto, mídias sociais

Resumo

Introdução: Diante da epidemia de sífilis vivida pelo Brasil e tendo em vista a necessidade de fortalecer o discurso de prevenção dessa infecção sexualmente transmissível, realizou-se a campanha “Eu sei. Você sabe?”, voltada para divulgação das peças nas redes sociais digitais. Objetivo: Este trabalho objetiva realizar análise qualitativa descritiva das postagens publicadas na rede social Instagram da Campanha Nacional de Combate à Sífilis 2020-21, destinadas ao público jovem. Métodos: A análise realizada baseia-se na metodologia sugerida por Eliseo Véron e visa estabelecer relações entre os contratos de leitura ofertados e os processos de focalização (pertinência forte direta) e desfocalização (pertinência interdiscursiva) atuantes nas mensagens com os resultados do indicador de comunicação alcance/exposição. Resultados: A análise adotou o recorte temporal de outubro/2020 até abril/2021. Ao todo 31 cards foram publicados. Entre eles, oito publicações apresentaram em seu conteúdo um discurso direcionado ao público jovem, como também personagens na faixa etária entre 20 e 29 anos. De maneira geral, as peças trazem uma proposta comum de estruturação visual e visam contemplar as deficiências identificadas em campanhas anteriores desenvolvidas e apresentadas na perspectiva do próprio projeto, bem como das proposições estabelecidas por órgãos de controle para o enfrentamento da sífilis no Brasil. Conclusão: Algumas hipóteses levantadas com base na análise realizada: há a possibilidade de que a distinção entre gramáticas de produção e reconhecimento produza negociações ou resistências ao sentido da interpelação contida no tema “Sífilis. Eu sei. Você sabe?”; mesmo que as personas apresentadas nos cards não englobem alguns públicos específicos, como jovens transgêneros, a linguagem ofertada pode gerar empatia nesses públicos; as estratégias de produção de cards com estética mais visual e somados a uma distribuição das informações importantes predominantemente gráfica possivelmente contribuíram para maior alcance/impacto no público das redes sociais.

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Biografia do Autor

Ana Cláudia Costa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal (RN), Brazil.
Universidad Complutense de Madrid – Madrid, Spain.

Arthur Barbalho, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal (RN), Brazil.
Universidade Aberta de Portugal – Lisbon, Portugal.

Suelayne Sousa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal (RN), Brazil.
Universidade Aberta de Portugal – Lisbon, Portugal.

Juciano de Sousa Lacerda, 1Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal (RN), Brazil.

Mar Marcos Molano, Universidad Complutense de Madrid

Universidad Complutense de Madrid – Madrid, Spain.

Maria Natália Ramos

Université Paris-Sorbonne V – Paris, France.

Lilian Carla Muneiro, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal (RN), Brazil.

Publicado

2021-12-21

Como Citar

1.
Costa AC, Barbalho A, Sousa S, Lacerda J de S, Molano MM, Ramos MN, et al. Os contratos de leitura no discurso publicitário de campanhas de comunicação em saúde: uma análise da campanha “Eu sei. Você sabe?”. DST [Internet]. 21º de dezembro de 2021 [citado 3º de julho de 2024];33. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/1139

Edição

Seção

Artigo original