Sífilis e cinema
a representação do processo saúde-doença no audiovisual
Palavras-chave:
sífilis, filmes cinematográficos, processo saúde-doença, infecções sexualmente transmissíveisResumo
Introdução: Para além do seu papel no entretenimento, o cinema possui uma forte relação com a história e um apelo social considerável, tendo em vista a possibilidade de discutir, de modo mais dinâmico, aquilo que é assunto na sociedade. Diante disto, fatos históricos importantes, como guerras, desenvolvimento tecnológico e pandemias, passaram a ser temas recorrentes nas telas, uma vez que impactam em cadeia vários grupos sociais. Nessa perspectiva, a temática das IST tem sido bastante explorada no contexto cinematográfico, retratando as origens das doenças, seu impacto no meio social e a forma como decorre todo o processo saúde-doença. Objetivo: O presente estudo buscou realizar uma análise crítica de obras cinematográficas que trouxessem a sífilis em seu enredo com o intuito de identificar e discutir a evolução do processo saúde-doença ao longo da história, bem como de sua representação na perspectiva cinematográfica. Métodos: Trata-se de uma análise descritiva de obras audiovisuais, aliada a uma pesquisa bibliográfica. Resultados: O corpus da pesquisa constitui-se em quatro filmes, os longas-metragens: “La Pelle”, de Liliana Cavani; “Miss Evers’ Boys”, de Joseph Sargent; “Heleno: O Príncipe Maldito”, de José Henrique Fonseca, e “Dr. Ehrlich’s Magic Bullet”, de William Dieterle. Considera-se que nas obras existam perspectivas distintas sobre um mesmo problema de saúde, em uma mesma época, porém representado em cenários diferentes. Conclusão: Refletir sobre esses cenários, assim como no mundo real, ajuda-nos a entender e buscar o que cada uma dessas sociedades representadas necessita para o enfrentamento da doença de forma mais objetiva e resolutiva.