Prevenção da transmissão vertical no Projeto “Sífilis Não”

um estudo sobre as especificidades dos comitês/espaços de investigação da Região Norte do Brasil

Autores

  • Thereza Cristina de Souza Mareco Universidade Aberta
  • Thaísa Gois Farias de Moura Santos Lima Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Marquiony Marques dos Santos Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Ana Paula Cruz Beja Orrico Horta

Palavras-chave:

transmissão vertical de doenças infecciosas, sífilis, política pública

Resumo

Introdução: Os Comitês de Investigação da Transmissão Vertical (CITV) são estratégicos para a prevenção da transmissão vertical da sífilis e uma das ações fundamentais do projeto “Sífilis Não”, principalmente pelo seu papel na análise de oportunidades que foram perdidas pela rede de vigilância e atenção, seu potencial de identificar falhas/dificuldades na resposta à sífilis e por se configurar como espaço de recomendação de medidas de intervenção para qualificar a rede de serviços de saúde. Objetivo: Descrever e analisar a situação dos CITV/espaços de investigação da sífilis como estratégicos para prevenção da transmissão vertical da sífilis a partir da implementação do projeto “Sífilis Não” nos municípios prioritários da região Norte do Brasil. Métodos: Estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa do tipo estudo de caso. Coleta de dados realizada via on-line utilizando questionários aplicados pelo projeto na plataforma LUES/FormLUES de julho/2019 a dezembro/2020 e relatórios, atas de reuniões, relatos de experiências, entre outros documentos produzidos por atores do projeto. Utilizaram-se análise de conteúdo e revisão bibliográfica/documental. Resultados: A região Norte tem oito municípios prioritários para o projeto “Sífilis Não”, todos com alguma estratégia de CITV para sífilis. A partir da implementação do projeto, cinco municípios prioritários e três estados da região passaram a contar com CITV em sua formação inicial para prevenção da transmissão vertical da sífilis. Entre as dificuldades para a instauração e fortalecimento dos CITV está a falta de recursos humanos. Atores estratégicos da região Norte apontaram avanços/ melhorias na rede de serviços a partir da instauração dos comitês, tais como: organização do espaço investigativo, investigação por visita domiciliar/ prontuário e ampliação da rede. Quanto às oportunidades perdidas na PTVS, verificou-se que há relação com ausências/falhas no acesso e assistência ao pré-natal. Conclusão: As estratégias de CITV são espaços relevantes para a prevenção da transmissão vertical da sífilis e a manutenção deles como eixo de prevenção no projeto “Sífilis Não” é fundamental para redução da sífilis congênita e consequentemente da mortalidade infantil.

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Biografia do Autor

Thereza Cristina de Souza Mareco, Universidade Aberta

Department of Social Sciences, Universidade Aberta – Lisboa, Portugal.
Laboratory of Technological Innovation in Health, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal (RN), Brazil.

Thaísa Gois Farias de Moura Santos Lima, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Laboratory of Technological Innovation in Health, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal (RN), Brazil.

Marquiony Marques dos Santos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Laboratory of Technological Innovation in Health, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal (RN), Brazil.

Ana Paula Cruz Beja Orrico Horta

Universidade Aberta – Lisboa, Portugal.

Publicado

2021-12-21

Como Citar

1.
Mareco TC de S, Lima TGF de MS, Santos MM dos, Horta APCBO. Prevenção da transmissão vertical no Projeto “Sífilis Não”: um estudo sobre as especificidades dos comitês/espaços de investigação da Região Norte do Brasil. DST [Internet]. 21º de dezembro de 2021 [citado 21º de novembro de 2024];33. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/1141

Edição

Seção

Artigo original