Prevalência e fatores associados à sífilis em adultos atendidos em unidades de saúde de Vitória (ES), Brasil

Autores

  • Joaquim Batista Ferreira-Filho Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas, Universidade Federal do Espírito Santo – Vitória (ES), Brazil
  • Pâmela Cristina Gaspar Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade de Brasília – Brasília (DF), Brasil
  • Alisson Bigolin Department of Chronic Conditions and Sexually Transmitted Diseases, Health Surveillance Bureau, Ministry of Health – Brasília (DF), Brazil
  • Maria do Perétuo Socorro Vendramini Orletti Espírito Santo Blood Center – Vitória (ES), Brazil
  • Fausto Edmundo Lima Pereira Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas, Universidade Federal do Espírito Santo – Vitória (ES), Brazil
  • Angélica Espinosa Miranda Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas, Universidade Federal do Espírito Santo – Vitória (ES), Brazil

DOI:

https://doi.org/10.5327/dst-2177-8264-20213328

Palavras-chave:

sífilis, sorologia, prevalência, Brasil

Resumo

Introdução: Existem poucos estudos em amostras populacionais sobre a prevalência da sífilis no Brasil. Objetivos: Determinar a soroprevalência de
sífilis e identificar fatores associados à infecção em pacientes adultos atendidos nas unidades das seis regiões de saúde do Município de Vitória, Estado
do Espírito Santo. Métodos: Foi realizado um estudo transversal entre setembro de 2010 e dezembro de 2011. Para os indivíduos incluídos no estudo,
foram realizados o teste Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) e dois testes treponêmicos (imunocromatográfico e IgG ELISA). Foram coletados
dados demográficos, histórico de infecções sexualmente transmissíveis e dados comportamentais. Resultados: Dos 1.502 indivíduos incluídos no estudo,
47% eram homens e 53% eram mulheres. A média de idade foi de 41,63±14,57 anos. A prevalência de sífilis foi de 0,9% (IC95% 0,4–1,3) quando
considerado diagnóstico de sífilis com títulos de VDRL iguais ou superiores a 1:8. Porém, a prevalência foi maior (2,8%) quando considerado VDRL
positivo, independente do título. Análise multivariada mostrou associação significativa da sífilis com comportamento homo ou bissexual [OR=6,80; IC95%
1,00–46,20], história prévia de infecções sexualmente transmissíveis [OR=16,30; IC95% 3,61–73,41], tatuagem [OR=6,21; IC95% 1,49–25,84] e uso de
cocaína [OR=6,80; IC95% 1,15–40,30]. A prevalência de teste treponêmico positivo foi de 10,4%. Conclusão: A soroprevalência de sífilis ativa nesta
população foi semelhante à observada em outros estudos populacionais no Brasil. A alta prevalência nos testes treponêmicos positivos pode ser devida a
cicatriz sorológica de infecção curada, mas pode também estar associada a casos de sífilis primária ou tardia, que não foram detectados pelo teste de VDRL.

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Publicado

2022-02-22

Como Citar

1.
Ferreira-Filho JB, Gaspar PC, Bigolin A, Orletti M do PSV, Pereira FEL, Miranda AE. Prevalência e fatores associados à sífilis em adultos atendidos em unidades de saúde de Vitória (ES), Brasil. DST [Internet]. 22º de fevereiro de 2022 [citado 21º de novembro de 2024];33. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/1168

Edição

Seção

Artigo original