A luta contra as infecções sexualmente transmissíveis não pode parar na era COVID-19: experiência brasileira em treinamento on-line para diretrizes em infecções sexualmente transmissíveis
DOI:
https://doi.org/10.5327/DST-2177-8264-20223404Palavras-chave:
Infecções sexualmente transmissíveis, Educação permanente, Capacitação profissional, Protocolos clínicos, Educação à distânciaResumo
Introdução: O Ministério da Saúde do Brasil planejou para o ano de 2020 oficinas presenciais para capacitação profissional sobre o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Em função da pandemia de COVID-19, as oficinas foram canceladas, optando-se pela estratégia de encontros virtuais, denominados Webinares — Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis – 2020. Objetivo: Descrever a experiência do Ministério da Saúde em capacitações on-line para profissionais de saúde no contexto dos Webinares — Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis — 2020. Métodos: Os webinares foram realizados em parceria com a Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Organização Pan-Americana da Saúde. Cada capítulo do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis – 2020 foi convertido em um webinar, com a participação de pelo menos três especialistas, sendo dois palestrantes e um moderador. Resultados: No total, foram apresentados 16 webinares, que abordaram temas como vigilância, prevenção, diagnóstico, tratamento das infecções sexualmente transmissíveis, políticas públicas e violência sexual. Foram mais de 77 mil acessos, com média de 4.900 acessos por webinar, sendo a que a sífilis foi a temática mais acessada. O evento alcançou todos as 27 unidades federativas do Brasil, bem como outros 27 países. Cerca de 500 perguntas foram recebidas, as quais foram respondidas durante as sessões e/ou por meio de um documento publicado pelo Ministério da Saúde. Conclusão: Dado o elevado número de acessos e questionamentos recebidos, conclui-se que os profissionais da saúde permaneceram engajados no tema infecções sexualmente transmissíveis durante a pandemia. Essa experiência demonstrou o grande potencial de métodos inovadores de ensino à distância para promoção da educação permanente, como a realização de uma série de webinares, visando ao fortalecimento do combate às infecções sexualmente transmissíveis.