A Sífilis congênita no munícipio de vitória/es no período de 2010 – 2020
DOI:
https://doi.org/10.5327/DST-2177-8264-2023351211Palavras-chave:
Sífilis congênita, Grávidas, Cuidado pré-natalResumo
Introdução: A sífilis, uma doença infectocontagiosa sistêmica causada pelo Treponema pallidum, é um problema de saúde pública no Brasil, visto que se apresenta epidemiologicamente ascendente na população brasileira. Objetivo: Descrever a ocorrência da sífilis congênita (SC) e o perfil dos casos notificados na população do município de Vitória-ES. Métodos: Pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, com o intuito de analisar a sífilis congênita; a população do estudo foi constituída por todas as notificações encontradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) referentes aos casos de sífilis congênita no município de Vitória-ES, no período de 2010 a 2020. Resultados: Foram notificados 1.158 casos de sífilis congênita no município de Vitória, que somaram 36,4% no primeiro trimestre da gravidez; a maioria das crianças (95,7%) foi diagnosticada menos de sete dias depois do nascimento. Verificou-se predominância em mães com idade entre 20 e 29 anos (48,1%); 61,8% dos diagnósticos foram registrados em gestantes da cor parda e baixa escolaridade. O pré-natal foi realizado em 76,2% gestantes, entretanto o esquema de tratamento foi considerado inadequado em 54,1% das notificações. Conclusão: O grande número de casos, não obstante a falha na cobertura pré-natal com inadequação do tratamento materno, aponta má qualidade de pré-natal, sendo a sífilis congênita na maioria absoluta dos casos falha no pré-natal. Os achados indicam a necessidade de melhorias na implementação do pré-natal que, se a conduta de diagnóstico e tratamento correto ocorrer antes da 36ª semana até 40ª semana, o caso será de sífilis adequadamente tratada e não será de sífilis congênita.