Avaliação do acompanhamento de crianças tratadas para sífilis congênita em município do estado do espírito santo em época de falta de penicilina cristalina.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5327/DST-2177-8264-2023351218

Palavras-chave:

Sífilis congênita, ceftriaxona, falta de penicilina, perfil clinico, acompanhamento

Resumo

Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. No Brasil, sua incidência vem aumentando, acompanhada da falta de penicilina, antibiótico de escolha para a sífilis congênita, no período de 2014–2017. Nesse período, as crianças foram tratadas com medicamentos alternativos, porém dados da literatura científica até o momento não recomendam outro antibiótico. Objetivo: Comparar a evolução, de acordo com o tratamento instituído, e avaliar o acompanhamento nas unidades de saúde em Vila Velha (ES), até os dois anos de idade, das crianças com sífilis congênita nascidas no Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves — referência em neonatologia e gravidez de baixo risco no estado na época — de 2015 a 2016, período em que houve maior falta de penicilina no hospital. Métodos: Estudo observacional do tipo transversal, retrospectivo, baseado em dados dos prontuários do hospital e outras Unidades de Saúde do município. Foram analisados estatisticamente, por região de saúde, dados epidemiológicos, sociodemográficos, bem como relativos às consultas, sua periodicidade e ao perfil clínico, de acordo com os parâmetros de seguimento propostos pelo Ministério da Saúde na época. Resultados: Avaliaram-se os prontuários de 121 crianças, obtendo-se como principais achados: somente 35% das crianças tiveram seguimento completo; das crianças tratadas com ceftriaxona, 55,2% tiveram seguimento completo, e 100% das crianças que tiveram VDRL maior que o da mãe no parto completaram o seguimento. Das crianças sintomáticas ao nascimento e que permaneceram ou ficaram sintomáticas no seguimento, 58,8% fizeram uso de ceftriaxona. Conclusão: Das crianças sintomáticas ao nascimento, as tratadas com ceftriaxona, em sua maioria, mantiveram-se sintomáticas no seguimento. O Centro de Testagem e Aconselhamento teve maior êxito no acompanhamento dessas crianças. A região 5 teve a menor taxa de êxito no seguimento desses pacientes, e as regiões 1 e 2 menor taxa de abordagem correta para sífilis congênita durante o seguimento.

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Publicado

2023-03-31

Como Citar

1.
Cruz Pironi P, Araújo CA de, Oliveira MB de, Azevedo Junior RR. Avaliação do acompanhamento de crianças tratadas para sífilis congênita em município do estado do espírito santo em época de falta de penicilina cristalina. DST [Internet]. 31º de março de 2023 [citado 3º de julho de 2024];35. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/1218

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Artigo original