Strategies for syphilis vaccine development

Resumo

As pesquisas para identificar uma vacina contra a sífilis começaram logo após o isolamento da primeira cepa de Treponema pallidum subespécie pallidum (T. pallidum) em 1912 por Nichols e Hough e a identificação de vários modelos animais possíveis para a infecção, sendo o coelho o melhor. Durante o século que se seguiu ao isolamento de T. pallidum, nenhum dos numerosos experimentos de imunização/desafio realizados com preparações variando de células de T. pallidum totalmente inativadas a proteínas recombinantes produziu uma vacina eficaz, e a busca por uma vacina definhou. Recentemente, no entanto, as comunidades científicas têm experimentado um ressurgimento do interesse em desenvolver uma vacina contra a sífilis graças a) à consciência de que a sífilis constitui um tremendo fardo para a saúde materna, particularmente em países de baixa e média renda, b) a melhor compreensão da os processos imunológicos que levam à eliminação do patógeno durante a infecção natural e dos mecanismos que este patógeno desenvolveu para persistir no hospedeiro, c) a disponibilidade de uma lista quase completa de genes de T. pallidum que codificam antígenos de superfície expostos putativos, que representam os mais prováveis vacinas candidatas e, por último, mas não menos importante, d) o esforço para ampliar o conhecimento sobre a diversidade genética e antigênica dessas vacinas candidatas em cepas que circulam no mundo. Até agora, no entanto, os desenhos de vacinas mais recentes com base em um subconjunto de antígenos expostos à superfície do patógeno conferiram aos coelhos imunizados proteção significativa, mas incompleta, em caso de desafio infeccioso. No entanto, os resultados desses experimentos estão ajudando os pesquisadores a refinar as estratégias de refino para alcançar uma formulação com as maiores chances de passar de configurações experimentais pré-clínicas para ensaios clínicos. Esta nota se concentra em um subconjunto das estratégias atualmente consideradas essenciais para o desenvolvimento de vacinas, ou seja, a melhoria de nossa compreensão ainda limitada da diversidade genômica em cepas de T. pallidum de diversas localizações geográficas por meio da coleta e isolamento de cepas modernas de sífilis e a identificação de epítopos protetores em potenciais alvos da vacina, avaliando a capacidade dos anticorpos monoclonais de se ligarem ao antígeno alvo e facilitar a eliminação do patógeno. O uso da engenharia genética da espiroqueta da sífilis para identificar proteínas de superfície alvo com um papel essencial ou quase essencial na biologia de T. pallidum para alvo em experimentos de imunização/desafio também é discutido.