Descrição de um ambulatório especializado referência em crianças e adolescentes vivendo com HIV/AIDS no sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5327/DST-2177-8264-2023351379Palavras-chave:
Pediatria, aids, assistência integral à saúdeResumo
Introdução: Crianças que vivem com o vírus da imunodeficiência humana — HIV/AIDS requerem atendimento especializado. Objetivo: Descrever características clínicas e epidemiológicas de pacientes que vivem com HIV/AIDS. Métodos: Estudo observacional, descritivo, com dados de prontuários de pacientes com HIV/AIDS de até 14 anos de idade incompletos, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição sob o número 1.432.517. Resultados: Foram incluídos 60 casos. A mediana de acompanhamento foi de 6,8 anos; 50,0% eram do sexo masculino; 88,3% brancos; 75,0% naturais da capital e região metropolitana. Em 51 prontuários havia descrição de pré-natal, porém apenas 44,6% fizeram uso de terapia antirretroviral (TARV) na gestação (tempo médio de 3,3 meses). Em 28,3% o HIV foi pesquisado por sintomas clínicos, que ocorreram em proporções similares tanto por infecções habituais da infância como por oportunistas. De acordo com a classificação clínica dos Centers for Disease Control and Prevention — CDC (1994), ao início do acompanhamento, 56,6% dos pacientes apresentavam sintomas moderados ou graves e, na última consulta, se fossem reclassificados, seriam apenas 18,3% (p=0,016). Incialmente, 41,7% apresentavam evidência de imunossupressão, comparativamente aos 19,9% na ocasião do estudo (p=0,5). Apenas 6,6% permaneceram assintomáticos. Com o acompanhamento, verificou-se diminuição na média do número de hospitalizações. Conclusão: Dos casos que apresentaram seu diagnóstico por sintomas clínicos, metade foi por infecções habituais da infância e sem imunossupressão.
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