Um triste retrato de sífilis congênita no estado do Rio de Janeiro. Relato de caso com reação em cadeia por polimerase (PCR) de raspado de lesões de pele e de fragmento de placenta positivos para Treponema pallidum
DOI:
https://doi.org/10.5327/DST-2177-8264-2023351382Palavras-chave:
Sífilis congênita, Gravidez, Pré-natal, Biologia molecular, PCRResumo
Introdução: A sífilis congênita é um grave problema de saúde pública, que causa índices elevados de morbimortalidade intrauterina, revelando falhas e fragilidades do sistema de saúde. Objetivo: Relatar caso de sífilis congênita em um hospital universitário da região centro-sul do estado do Rio de Janeiro, Brasil. Relato de caso: Gestante, com idade entre 19 e 23 anos, portando Caderneta da Gestante com registro de sete consultas de pré-natal e anotação de reação sorológica para sífilis reagente, mas sem qualquer tratamento, internada no Hospital Universitário de Vassouras (RJ), em trabalho de parto, pariu recém-nascido (RN) com quadro clínico e teste sorológico de sífilis congênita. O RN necessitou de cuidados em unidade de terapia intensiva e obteve alta hospitalar após 28 dias do nascimento. Foi realizado raspado de lesões de pele do RN e de placenta para análise por biologia molecular (reação em cadeia por polimerase — PCR in house), sendo detectado material genético de Treponema pallidum. Conclusão: A sífilis congênita é um grave desfecho de sífilis na gestação, consumindo altos recursos financeiros e gerando importantes desgastes emocionais para mãe, pai e toda a família, como também para as equipes de saúde. Nosso relato de caso é o primeiro de que temos conhecimento no Brasil com diagnóstico por PCR para Treponema pallidum positivo de raspado de pele e de fragmento de placenta. Mostrou ainda um pré-natal de má qualidade. Aliás, como é, em nossa realidade, a maioria dos casos de SC.
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