Prevalência da infecção vaginal pelos subtipos da cândida em mulheres com HIV comparativamente ao grupo controle e influência do estado imunológico

Autores

  • Somaia Reda Universidade Federal do Paraná – Curitiba (PR), Brazil. https://orcid.org/0000-0002-6008-9938
  • Ana Cecília Pedriali Guimarães Spautz Universidade Federal do Paraná – Curitiba (PR), Brazil.
  • Isabela Gil Universidade Positivo – Curitiba (PR), Brazil.
  • Maria Victoria Fujii Kato Universidade Positivo – Curitiba (PR), Brazil.
  • Elizabeth Souza Frade Coltro Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná – Curitiba (PR), Brazil.
  • Mariana Hiromi Azuma Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná – Curitiba (PR), Brazil.
  • Viviane Obialski Medical Student at Federal University of Paraná https://orcid.org/0009-0002-6799-6271
  • Newton Sérgio De Carvalho Universidade Federal do Paraná – Curitiba (PR), Brazil. https://orcid.org/0000-0001-7561-4566

DOI:

https://doi.org/10.5327/DST-2177-8264-2023351393

Palavras-chave:

Candida sp., HIV, carga viral, TCD4

Resumo

Introdução: A candidíase vulvo-vaginal (CVV), causada pela Candida sp., pode apresentar-se com aumento da frequência e dos sintomas em pacientes imunodeprimidas, havendo preocupação acerca do diagnóstico e tratamento adequado dessas pacientes. Objetivo: Avaliar a prevalência de CVV comparativamente ao estado imunológico e espécies presentes na microbiota de pacientes com HIV. Métodos: Estudo transversal, realizado de janeiro de 2017 a janeiro de 2018, incluindo 97 mulheres com HIV comparadas a um grupo controle (N=112). Para a coleta de dados, foram realizadas entrevistas, medida do pH vaginal, avaliação de células T CD4+ e da carga viral (CV) e coleta de secreção vaginal para microscopia e cultura. Resultados: A prevalência de CVV foi de 41,2% nas pacientes soropositivas e 3,6% no grupo controle (p<0,001). Das pacientes com T CD4+<200, 54,3% apresentaram Candida sp., enquanto naquelas com T CD4+ maior ou igual a 200 células/mm³ a prevalência foi de 33,9% (p=0,057). Com relação à carga viral, a prevalência de CVV foi de 24,1% nas com CV indetectável ou <20, 50% naquelas com CV entre 20 e 9.999 e de 46,9% quando CV acima de 10.000 cópias/mL (p=0,08). As espécies mais prevalentes foram Candida albicans, seguida por C. parapsilosis, C. krusei e C. glabrata. A média do pH vaginal foi 4,6 no grupo controle e 5,2 no grupo caso. Conclusão: Mulheres positivas para HIV apresentam maior prevalência de cândida. Menores valores de T CD4+ e CV aumentada parecem estar associados a maior prevalência da infecção.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Lamont RF, Sobel JD, Akins RA, Hassan SS, Chaiworapongsa T, Kusanovic JP, et al. The vaginal microbiome: new information about genital tract flora using molecular based techniques. BJOG. 2011;118(5):533-49. https://doi.org/10.1111/j.1471-0528.2010.02840.x

Gopinath S, Iwasaki A. Cervicovaginal microbiota: simple is better. Immunity. 2015;42(5):790-1. https://doi.org/10.1016/j.immuni.2015.05.006

Linhares IM, Giraldo PC, Baracat EC. Novos conhecimentos sobre a flora bacteriana vaginal. Rev Assoc Med Bras. 2010;56(3):370-4. https://doi.org/10.1590/S0104-42302010000300026

Martinez RC, Franceschini SA, Patta MC, Quintana SM, Nunes AC, Moreira JL, et al. Analysis of vaginal lactobacilli from healthy and infected Brazilian women. Appl Environ Microbiol. 2008;74(14):4539-42. https://doi.org/10.1128/AEM.00284-08

Spinillo A, Michelone G, Cavanna C, Colonna L, Capuzzo E, Nicola S. Clinical and microbiological characteristics of symptomatic vulvovaginal candidiasis in HIV-seropositive women. Genitourin Med. 1994;70(4):268-72. https://doi.org/10.1136/sti.70.4.268

Ohmit SE, Sobel JD, Schuman P, Duerr A, Mayer K, Rompalo A, et al. Longitudinal study of mucosal Candida species colonization and candidiasis among human immunodeficiency virus (HIV)–seropositive and at‐risk HIV‐seronegative women. J Infect Dis. 2003;188(1):118-27. https://doi.org/10.1086/375746

Reed BD, Gorenflo DW, Gillespie BW, Pierson CL, Zazove P. Sexual behaviors and other risk factors for Candida vulvovaginitis. J Womens Health Gend Based Med. 2000;9(6):645-55. https://doi.org/10.1089/15246090050118170

Nunes E. Consumo de tabaco. Efeitos na saúde. Rev Port Med Geral Fam. 2006;22(2):225-44. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v22i2.10231

Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. As drogas e a AIDS [Internet]. [cited on 2023 Oct 25]. Available from: http://www2.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/quest_drogas/drogas_aids.htm

Esebelahie NO, Enweani IB, Omoregie R. Candida colonisation in asymptomatic HIV patients attending a tertiary hospital in Benin City, Nigeria. Libyan J Med. 2013;8(1):20322. https://doi.org/10.3402/ljm.v8i0.20322

Apalata T, Carr WH, Sturm WA, Longo-Mbenza B, Moodley P. Determinants of symptomatic vulvovaginal candidiasis among human immunodeficiency virus type 1 infected women in rural KwaZulu-Natal, South Africa. Infect Dis Obstet Gynecol. 2014;2014:387070. https://doi.org/10.1155/2014/387070

Sobel JD. Vulvovaginal candidiasis: a comparison of HIV-positive and -negative women. Int J STD AIDS. 2002;13(6):358-62. https://doi.org/10.1258/095646202760029741

Fornari G, Vicente VA, Gomes RR, Muro MD, Pinheiro RL, Ferrari C, et al. Susceptibility and molecular characterization of Candida species from patients with vulvovaginitis. Braz J Microbiol. 2016;47(2):373-80. https://doi.org/10.1016/j.bjm.2016.01.005

Badiee P, Alborzi A, Davarpanah MA, Shakiba E. Distributions and antifungal susceptibility of Candida species from mucosal sites in HIV positive patients. Arch Iran Med. 2010;13(4):282-7. PMID: 20597560

Seeniammal S, Selvakumar M, Nirmaladevi P. Clinicomycological study of vulvovaginal candidiasis. Indian J Sex Transm Dis AIDS. 2021;42:57-61. https://doi.org/10.4103/ijstd.IJSTD_49_18

Oliveira PM, Mascarenhas RE, Lacroix C, Ferrer SR, Oliveira RPC, Cravo EA, et al. Candida species isolated from the vaginal mucosa of HIV-infected women in Salvador, Bahia, Brazil. Braz J Infect Dis. 2011;15(3):239-44. https://doi.org/10.1016/s1413-8670(11)70182-9

Rodrigues CR, Lenicov FR, Jancic C, Sabatté J, Cabrini M, Ceballos A, et al. Candida albicans delays HIV-1 replication in macrophages. PLoS One. 2013;8(8):e72814. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0072814

Shifrin E, Matityahu D, Feldman J, Minkoff H. Determinants of incident vulvovaginal candidiasis in human immunodeficiency virus-positive women. Infect Dis Obstet Gynecol. 2000;8(3-4):176-80. https://doi.org/10.1155/S1064744900000247

Publicado

2023-12-01

Como Citar

1.
Reda S, Spautz ACPG, Gil I, Kato MVF, Coltro ESF, Azuma MH, et al. Prevalência da infecção vaginal pelos subtipos da cândida em mulheres com HIV comparativamente ao grupo controle e influência do estado imunológico. DST [Internet]. 1º de dezembro de 2023 [citado 17º de maio de 2024];35. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/1393

Edição

Seção

Artigo original