Aspectos clínicos da coinfecção por HIV e sífilis na gestação e da exposição de recém-nascidos atendidos em Hospital Pediátrico de Santa Catarina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5327/DST-2177-8264-2024361411

Palavras-chave:

Pediatria, Complicações infecciosas na gravidez, Transmissão vertical de doenças infecciosas, Sífilis congênita

Resumo

Introdução: As infecções sexualmente transmissíveis afetam frequentemente gestantes e, consequentemente, os recém-nascidos (RN). O vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a sífilis são transmitidos verticalmente para as crianças e a coinfecção requer atenção especial por suas implicações clínicas. Objetivo: Descrever aspectos clínicos da coinfecção HIV/sífilis na gestação e da exposição de RN às infecções atendidos em um hospital de referência pediátrica em Santa Catarina entre 2015 e 2020. Métodos: Estudo observacional, descritivo, secundário à linha de pesquisa “Descrição
epidemiológica de crianças expostas ao HIV” no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2020, em um hospital pediátrico terciário de Santa Catarina.
Resultados: Foram analisados 678 prontuários com Classificação Internacional de Doenças — CID Z.206 (contato com e exposição ao HIV), nos quais
71 (10,5%) RN foram expostos à coinfecção HIV e sífilis. Destes, 37 (52,1%) eram do sexo masculino, 14 (19,7%) confirmaram diagnóstico de HIV
e 30 (42,2%) de sífilis congênita. Das gestantes coinfectadas, 38 (53,5%) possuíam diagnóstico do HIV prévio à gestação, 53 (74,6%) usaram terapia
antirretroviral (TARV) e 40 (52,1%) utilizaram substâncias nocivas. Ainda, 34 (46,4%) gestantes obtiveram o número mínimo de seis consultas pré-natais, 35 (49,3%) realizaram partos vaginais e 29 (40,8%) possuíam quantificação RNA-HIV não detectável no momento do parto. A profilaxia para o HIV do RN ocorreu em 66 (92,9%) dos casos. Conclusão: Conclui-se que a população estudada foi formada, na sua maioria, por gestantes que receberam o diagnóstico de infecção pelo vírus do HIV prévio à gestação. Destas, a maioria estava em uso de TARV, porém a minoria realizou o número mínimo de consultas preconizadas pelo Ministério da Saúde. Com relação aos RN, a maioria recebeu profilaxia ao HIV.

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Publicado

2024-10-14

Como Citar

1.
Kuerten Pamplona da Silva L, Kuhnen Dutra MJ, Kellers de Souza J, Prohmann de Carvalho A, Maria de Faria S, Rocha Carvalho E. Aspectos clínicos da coinfecção por HIV e sífilis na gestação e da exposição de recém-nascidos atendidos em Hospital Pediátrico de Santa Catarina. DST [Internet]. 14º de outubro de 2024 [citado 21º de novembro de 2024];36. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/1411

Edição

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Artigo original