Prevalência de sífilis congênita no Ceará
DOI:
https://doi.org/10.5327/DST-2177-8264-2024361424Palavras-chave:
Sífilis, sífilis congênita, Transmissão vertical, EpidemiologiaResumo
RESUMO
Introdução: A transmissão vertical da sífilis pode ocorrer em qualquer fase da gestação, independente do estágio da doença materna. No Brasil observa-se um aumento constante no número de casos de sífilis em gestantes, sífilis congênita e adquirida. Objetivos: Identificar a prevalência dos casos de sífilis congênita e gestacional no Estado do Ceará . Métodos: Estudo descritivo retrospectivo, com análise dos dados de sífilis congênita e gestacional no Ceará pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação e dataSUS entre 2013 e 2023 . Resultados: Durante o período estudado foram notificados 17.512 casos de sífilis em gestantes. A maioria das mulheres foram diagnosticadas no primeiro trimestre de gestação com 6.258 casos. Sobre a faixa etária, 9.515 são mulheres adultas entre 20 a 29 anos e aproximadamente do nível de escolaridade, 3.779 dos casos possuem 5ª a 8ª série incompleta. Quanto à raça ou cor, 13.855 mulheres se declararam pardas. O total de casos de sífilis congênita foi de 12.000 casos, com diagnóstico em crianças com menos de 7 dias em 98% dos casos. Conclusão: Os casos de sífilis gestacional e sífilis congênita foram de alta prevalência no Ceará, acometendo mulheres jovens, sexualmente ativas, com baixa escolaridade, predominantemente da raça parda, que realizaram pré-natal.
Palavras-chave: Sífilis. Sífilis Congênita. Prevalência.
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