Pesquisa de chlamydia trachomatis em mulheres do municipio do Piraí- Rio de Janeiro
Palavras-chave:
Chlamydia trachomatis, DST, CerviciteResumo
A Chlamydia trachomatis é um imponante agente causador de endocervicite em mulheres sexualmente ativas. Esta pode ser assintomática ou apresentar sintomas inespecíficos. A ausência de diagnóstico e tratamento representa um grave problema de saúde pública, já que pode evoluir para sérias complicações como endometrite doença inflamatória pélvica, esterilidade e infecções neonatais (pulmonares e oftálmicas). Contudo são escassos os dados em relação a sua prevalência entre as mulheres brasileiras. Objetivos: Determinar a frequência de eodocervicite por Ctrachomatis em mulheres atendidas no ambulatório de ginecologia de posto de saúde e clínica privada da cidade de Piraf-RJ, e identificar o perfil socioeconômico e os dados da história sexual das mulheres com diagnósticos confirmados. Metodologia. Foi realizado um estudo prospectivo com mulheres sexualmente ativas com idade entre 13 e 49 anos que procuraram atendimento ginecológico por motivos diversos e que não fizeram uso de medicação até 15 dias antes. O estudo envolveu dados como: anamnese exame ginecológico para colpocitologia oncótica e coleta de material endocervical com swab específico. As amostras do endocérvice foram submetidas ao ELISA pelo sistema Elfa Vidas para detecção de antígenos clamidiais no laboratório do Setor de Doenças Sexualmente Transmissíveis da Universidade Federal Fluminense, Niterói.RJ. Resultados: A amostra constituiu-se de 108 pacientes (69 no posto de saúde e 39 na clínica particular. Detectou-se antígenos clamidiais em 20 mulheres. sendo a positividade 18.8% (16/69) na rede pública e 18% (7/39) no serviço particular. Os principais motivos da consulta foram: rotina e corrimento vaginal e/ou dor pélvica. Das pacientes com resultado positivo 28% apresentaram exame clínico sugestivo de infecção por Chlamydia. Conclusão: A positividade geral para pesquisa de trachomatis na endocérvice foi de 18,5% (10/108); não foi significativa a diferença de positividade entre os grupos esiudados. Basear-se apenas nos achados cünicos e colpocitológicos para diagnóstico desta infecção pode ser um equívoco.