Alterações neonatais de sífilis congênita em um hospital universitário do município de Niterói, Rio de Janeiro

Autores

  • Philippe Godefroy C de Souza
  • Antônio Rodrigues Braga Neto
  • Isabel Chulvis do Val
  • Dennis de Carvalho Ferreira
  • Carolina Rocha Galvão
  • Helena Lucia Barroso dos Reis

Palavras-chave:

sífilis congênita, resultado do tratamento, penicilina, antígeno VDRL

Resumo

Introdução: A prevalência da infecção pelo Treponema pallidum diminuiu sensivelmente com a penicilina, porém se observa tendência mundial no recrudescimento da sífilis, em particular dos casos de sífilis congênita (SC). Objetivos: Descrever as repercussões neonatais da SC nos recém-nascidos (RN) notificados como caso de SC em um hospital público de Niterói, Rio de Janeiro, no período de janeiro de 2005 a junho de 2006; observar o peso ao nascer e a sorologia dos RN com notificação de SC; descrever o tratamento dos casos de SC. Métodos: Amostra constituída de 35 fichas de notificação de SC do Centro de Vigilância Hospitalar do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP). Utilizaram-se dados da notificação e realizou-se visita domiciliar para coleta de sangue. Resultados: A população foi constituída por 29 pacientes nascidos vivos, 4 nascidos mortos e 2 abortamentos. Apenas dois casos (6,9%) evidenciavam alterações ósseas de SC. O teste Veneral Disease Research Laboratory (VDRL) realizado no líquido cefalorraquidiano (LCR) demonstrou-se não reator para todos os pacientes avaliados. O VDRL do soro dos RN no nascimento foi positivo para 23 (79,31%) pacientes. A penicilina G cristalina (PGC) foi administrada em 26 (89,65%) casos, a penicilina G procaína (PGP) em dois (6,9%) e um individuo utilizou PGC e PGP. Conclusão: O óbito fetal e aborto foram o desfecho mais ominoso como repercussão da SC. A alteração dos ossos longos foi pouco encontrada na amostra. O baixo peso ao nascer foi observado em poucos casos. O VDRL do LCR foi não reator em todos os casos. A utilização de diversos esquemas de antibiótico estava em desacordo com o protocolo proposto pelo Ministério da Saúde.

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Biografia do Autor

Philippe Godefroy C de Souza

MS in Maternal, Infant Health, Fluminense Federal University (UFF); Obstetricscs Coordinator at Hospital Estadual da Mãe – Mesquita (RJ), Brail.

Antônio Rodrigues Braga Neto

Obstetrics Professor at Fluminense Federal University; Post Doctorate at Harvard medical School (Brigham and Women’s Hospital); Post Doctorate at Imperial College School of Medicine (Charing Cross Hospital); MS, PhD and Post PhD in Obstetrics at Paulista State University

Isabel Chulvis do Val

Gynecology Adjunct Professor at Fluminense Federal University (UFF) – Niteroi (RJ), Brazil.

Dennis de Carvalho Ferreira

CAPES Scholarship – Proc. n° BEX 9203 – CAPES Foundation, Ministry of Education of Brazil, Brasilia/DF 70040-020, Brazil; University of Groningen, Faculty of Mathematics and Natural Science, Microbial Ecology - Centre for Ecological and Evolutionary Studies, The Netherlands; Stomatology – Odontology College – Veiga de Almeida University – UVA; Microbiology and Epidemiology – UNIABEU – Belford Roxo (RJ), Brazil.

Carolina Rocha Galvão

Nursing Coordinator at Hospital Estadual da Mãe – Mesquita (RJ), Brazil.

Helena Lucia Barroso dos Reis

MS in Maternal, Infant Health, Fluminense federal University; Espirito Santo Federal University (UFES) –Vitória (ES), Brazil.

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Publicado

2013-05-16

Como Citar

1.
Souza PGC de, Neto ARB, Val IC do, Ferreira D de C, Galvão CR, Reis HLB dos. Alterações neonatais de sífilis congênita em um hospital universitário do município de Niterói, Rio de Janeiro. DST [Internet]. 16º de maio de 2013 [citado 18º de maio de 2024];25(2):59-65. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/312

Edição

Seção

Artigo original