Aspectos epidemiológicos da mortalidade por síndrome da imunodeficiência adquirida em Florianópolis, Brasil (1986–2006)
Palavras-chave:
síndrome da imunodeficiência adquirida, mortalidade, epidemiologiaResumo
Introdução: A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) afeta os adultos jovens em idade produtiva e compromete setores da sociedade. Objetivo: Descrever aspectos epidemiológicos dos óbitos por AIDS de pessoas com 13 anos e mais residentes em Florianópolis (SC) entre 1986 e 2006. Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo, de dados secundários do Sistema de Informação Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Resultados: Ocorreram 1.285 óbitos, sendo 954 de homens e 331 de mulheres. Destacam-se: os homens com idade entre 20 e 39 anos, cor da pele ignorada, ensino médio completo e categorias de exposição drogas e/ou heterossexualidade; as mulheres com idade entre 20 e 39 anos, ensino médio completo, cor da pele ignorada, categorias de exposição heterossexual e heterossexual/drogas. Conclusão: As principais características epidemiológicas foram idade entre 20 e 39 anos, sexo masculino, cor da pele ignorada, escolaridade entre o nível médio. No sexo masculino, quanto à categoria de exposição, há destaque para drogas, heterossexual/drogas, heterossexual e homossexual; no sexo feminino, os destaques são as categorias heterossexual, heterossexual/drogas e drogas. A razão dos óbitos foi maior entre os homens do que entre as mulheres. Os óbitos por AIDS em Florianópolis apresentaram declínio a partir de 1996, com aumento de sobrevida para portadores de AIDS.