Infecção por HPV e câncer cervical
uma revisão de triagem e estratégias preventivas nos países desenvolvidos e políticas brasileiras
Palavras-chave:
infecções por papillomavirus, neoplasias do colo do útero, vacinas, BrasilResumo
Introdução: O câncer de colo uterino é a terceira causa de morte em mulheres no mundo. Infecção persistente pelo HPV é o principal fator no desenvolvimento do câncer de colo uterino, particularmente HPV de alto risco (AR), tipos 16 e 18, responsáveis por aproximadamente 75% dos casos de câncer de colo uterino. Este conhecimento incrementou a demanda de testes moleculares para detecção de HPV. Objetivos: Sumarizar e atualizar o conhecimento atual em técnicas diagnósticas para HPV e rastreamento de câncer cervical, e discutir dados a respeito do diagnóstico de HPV e métodos de rastreamento no Brasil. Métodos: Foram incluídos artigos originais ou revisões publicados nos últimos 10 anos, em inglês e português, utilizando as bases de dados Scopus, Cochrane Library and Pubmed, e os termos “cervical cancer”, “HPV”, “cervical carcinoma”, “HPV vaccine”. Resultados: As técnicas mais utilizadas para a detecção de HPV são a PCR e a captura híbrida. Contudo, técnicas para detecção de RNAm de HPV E6/E7 e p16NK4 já foram desenvolvidas estando em fase de validação. Estes testes poderão auxiliar na distinção de infecções transientes e persistentes. Conclusão: Para reduzir o número de casos de câncer cervical, estratégias de rastreamento podem ser ajustadas para a melhor combinação de testes citológicos e moleculares. Estratégias de rastreamento ideais requerem alta sensibilidade, minimizando resultados falso negativos e alta especificidade, evitando falsos positivos e excesso de encaminhamentos. A otimização pode ser obtida combinando testes de genotipagem de HPV e triagens citológicas. Além disso, estratégias para prevenção de casos de câncer cervical incluem a vacinação contra o HPV.