Ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis antes e depois do carnaval no Rio de Janeiro

Autores

  • Mauro R.L. Passos Universidade Federal Fluminense
  • Dulcinea S. Barros
  • Antônio S. Accetta
  • Rogério R. Tavares
  • Vandira M.S. Pinheiro
  • Flávia de Angelis
  • Cristane S. Guimarães
  • Cristina Robichez

Palavras-chave:

DST, Carnaval, Epidemiologia

Resumo

Introdução: Festas de Carnaval podem ser encontradas entre os diversos povos e épocas - entre os hebreus bíblicos, nas festas gregas c romanas e na Idade Média. Essas festas até hoje trazem um traço de pecado e libertinagem, mantendo o seu espírito pagão, irreverente e contagiante. Fala-se muito que o espírito festeiro expõe a população a situações de maior risco de contrair infecção tipo DST/Aids. Objetivos: Verificar a correlação entre o Carnaval do Rio de Janeiro e um possível aumento na frequência de DST/Aids. refletida em um aumento no número de atendimentos cm serviço clássico de atenção às DST. Metodologia: Estudo retrospectivo de análise de 2.000 prontuários de pacientes que procuraram o Setor de DST da Universidade Federal Fluminense. 30 dias antes e 30 dias depois do Carnaval, nos anos de 1994. 95. 96. 97 e 1998. A partir daí. selecionou-se 1.005 prontuários de pacientes que chegaram ao setor pela primeira vez. e que tiveram diagnóstico clínico c/ou laboratorial de DST ou infecção genital de possível envolvimento sexual. Verificou-se as frequências dessas doenças e dados como sexo, idade e procedência da clientela. Para analisar a significância dos dados obtidos, submetemos os resultados ao teste não-paramétrico qui quadrado (x 2). Resultados: Dos 1.005 prontuários selecionados. 5291 corresponderam ao período de 30 dias antes do Carnaval, sendo então 48% referentes aos 30 dias após o Carnaval. A predominância foi do sexo feminino, com 64% dos atendidos. A procedência maior foi do município de Niterói com 42%. seguido de São Gonçalo com 34%. Todavia, quando se juntam os pacientes provenientes dos municípios fora Niterói, estes foram mais numerosos. Os diagnósticos mais frequentes foram: cevicocolpite (25%). condiloma acuminado (22%). Vaginose bacteriana (14%) e sífilis (12%). Conclusão: Não houve diferenças estatisticamente significantes, na ocorrência de DST cm pacientes atendidos no Setor de DST- UFF nos períodos pré e pós- Carnaval.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mauro R.L. Passos, Universidade Federal Fluminense

Prof. Adjunto Doutor. Setor de DST (MIP/CMB/CCM) Universidade Fe­deral Fluminense. 

Dulcinea S. Barros

Enfermeira Especialista em DST. Setor de DST-UFF.

Antônio S. Accetta

Aluno de Graduação de Medicina UFF.

Rogério R. Tavares

Mestre em DST. Setor de DST-UFF.

Vandira M.S. Pinheiro

Prof* Colaboradora do PPG em DST/Setor de DST/UFF. Mestre cm Edu­ cação - UFRJ.

Flávia de Angelis

Aluna de Graduação de Medicina. UFF.

Cristane S. Guimarães

Aluna de Graduação de Medicina. UFF.

Cristina Robichez

Aluna de Graduação de Medicina. UFF.

Downloads

Publicado

2002-02-15

Como Citar

1.
Passos MR, Barros DS, Accetta AS, Tavares RR, Pinheiro VM, Angelis F de, et al. Ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis antes e depois do carnaval no Rio de Janeiro. DST [Internet]. 15º de fevereiro de 2002 [citado 18º de maio de 2024];14(1):38-42. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/388

Edição

Seção

Artigo original