Sexualidade, DST-AIDS e adolescência
não quero falar, tenho vergonha
Palavras-chave:
educação em saúde, sexualidade, DST/Aids, adolescênciaResumo
A crescente feminização dos casos de Aids, tem sido foco de preocupação desde 1996. Assim, há uma necessidade de conhecer as percepções da adolescente, acerca da sexualidade, em tempos de aids, para que se possa promover estratégias de educação em saúde que atenda as necessidades dessa clientela nas tomadas de decisão que envolvam o domínio do corpo biológico, psicossocial e afetivo, promovendo comportamentos sexuais seguros. Este estudo explora as percepções das adolescentes, entre 13 e 19 anos de idade, do turno da noite, de uma escola de pública de Fortaleza correspondendo a 28,2% do total de alunas. Entrevistas e dinâmicas de grupo foram conduzidas através das falas significativas que expressaram as percepções comuns das adolescentes em relação ao objeto de estudo. As adolescentes manifestaram dúvidas, principalmente acerca dos métodos anticonceptivos, medo e constrangimento de falar sobre sexo e ainda expectativas em relação ao comportamento sexual futuro. Concluiu-se que apesar delas terem informações acerca das medidas de prevenção das DST/Aids, esse conhecimento ainda não parece suficente para assegurar comportamento sexuais livre de riscos. Infelizmente ainda está presente atitude que reforça a idéia e risco que o “ problema (DST/Aids) nunca vai acontecer comigo”.