Papilomavírus humanos e co-fatores para câncer cervical em mulheres atendidas no Hospital Universitário da Universidade Federal Fluminense

Autores

  • Ledy H.S. Oliveira
  • Eliane V.M. Rodrigues Universidade Federal Fluminense
  • José A. Pantaleão Universidade Federal Fluminense
  • Ana Paula T.A.S. Lopes
  • Silvia M.B. Cavalcanti

Palavras-chave:

HPV, lesões genitais, co-fatores para câncer cervical

Resumo

Fundamentos: Evidências laboratoriais e epidemiológicas têm demonstrado associação entre infecção por papilomavírus (HPV) e neoplasias. Tipos de HPV de alto risco tem sido relacionados a carcinoma cervical. Além da infecção por HPV. fatores adicionais têm sido envolvidos no processo de desenvolvimento dc tumor. Objetivos: Este estudo foi empreendido para investigar infecção por HPV e co-fatores associados a câncer cervical em pacientes atendidas no Hospital Universitário Antonio Pedro (Universidade Federal Fluminense), no estado do Rio de Janeiro. Materiais e métodos: A amostra totalizou 35 mulheres submetidas a exame ginecológico de rotina para detecção de lesões cervicais. Dados demográficos e de risco foram obtidos por entrevista. A reação da polimerase em cadeia (PCR) foi utilizada para investigar HPV em esfregaços genitais. Os oligo nucleotídeos de consenso MY09/11 foram usados para detectar DNA de HPV genérico. A tipagem de HPV foi realizada com oligo nucleotídeos de sequências do DNA do gene E6 dos HPV 6, 11, 16, 18, 31,33 e 35. Resultados: A maioria das pacientes era natural do estado do Rio de Janeiro, casadas ou com parceiro estável, nível de escolaridade elementar e pertenciam à classe econômica desfavorecida. Entre os fatores de risco para lesões cervicais, a maioria dos pacientes iniciou sua vida sexual entre 16 E 20 anos, tinha de 1 a 3 parceiros sexuais, não utilizava métodos anticoncepcionais, tendo de 1 a 3 paridades. Lesões cervicais incluíam ASCUS, condiloma. LSIL. HSIL e câncer. O DNA de HPV foi detectado em 94% dos casos. HPV tipo 16 foi encontrado cm 100% dos carcinomas como infecção única ou associado aos tipos 18 (14%) ou 33 (8%). Observamos também que a maioria dos casos de SIL (60%) estava infectado pelo tipo 16. Entretanto, o HPV tipo 6 (baixo-risco) foi detectado em um caso de HSIL de uma paciente positiva para HIV. Os resultados mostraram uma tendência entre câncer e origem étnica (p=0.()5). Encontramos também uma tendência de associação entre câncer e paridade (p=0.0l). História familiar de neoplasia e abortos apresentou uma associação significativa se considerarmos p<0.1. Este trabalho detectou uma alta taxa de pacientes assintomáticas com lesões cervicais. Conclusão: Os resultados obtidos neste trabalho enfatizam a necessidade de exames ginecológicos preventivos a intervalos regulares.

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Biografia do Autor

Ledy H.S. Oliveira

Prof. Adjunta do Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Doutora­ do em Ciências Biológicas (Microbiologia). Instituto Biomédico. Univer­ sidade Federal Fluminense.

Eliane V.M. Rodrigues, Universidade Federal Fluminense

Prof. Adjunto da Disciplina de Ginecologia. Faculdade de Medicina. Uni­versidade Federal Fluminense.

José A. Pantaleão, Universidade Federal Fluminense

Prof. Adjunto da Disciplina de Ginecologia. Faculdade de Medicina. Uni­versidade Federal Fluminense.

Ana Paula T.A.S. Lopes

Aluna do Curso de Mestrado em Patologia Experimental. Universidade Federal Fluminense . Bolsista da CAPES.

Silvia M.B. Cavalcanti

Prof. Adjunta do Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Doutora­ do em Ciências Biológicas (Microbiologia). Instituto Biomédico. Univer­sidade Federal Fluminense.

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Publicado

2002-06-24

Como Citar

1.
Oliveira LH, Rodrigues EV, Pantaleão JA, Lopes APT, Cavalcanti SM. Papilomavírus humanos e co-fatores para câncer cervical em mulheres atendidas no Hospital Universitário da Universidade Federal Fluminense. DST [Internet]. 24º de junho de 2002 [citado 18º de maio de 2024];14(4):23-7. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/425

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Artigo original