Blitz do preservativo masculino e feminino

porte, acondicionamento e uso

Autores

  • Andréa R. Silva
  • Creso M. Lopes
  • Pascoal T. Muniz

Palavras-chave:

sexualidade, doenças sexualmentc transmissíveis, educação sexual

Resumo

Introdução: As doenças sexualmente transmissíveis, são tão antigas quanto a humanidade e sua disseminação no mundo ocorreu não só com a migração do ser humano, como também com o aumento populacional, precárias condições de saúde, saneamento, diagnóstico, tratamento e promiscuidade sexual, constituindo-se assim num sério problema de saúde pública, aliado à pandemia da síndrome da imunodeficiência adquirida - Aids. Uma das formas de conter sua disseminação é o uso do preservativo, que, apesar de toda uma história controversa, ainda constitui num dos meios mais eficazes de prevenção. Por isso, não basta apenas distribuí-lo à população, mas sobretudo também saber acondicioná-lo e usar adequadamente. Desta forma, para sua realização, estabeleceu-se como objetivo geral: efetuar a blitz do preservativo masculino c feminino: porte, acondicionamento e uso, em condutores e passageiros de automóveis e motos de passeio, circulando em vias públicas de Rio Branco - Acre - Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, desenvolvido junto a 1.011 sujeitos, sendo 792 (78,3%) condutores de automóveis e 219 (21.7%) de motos de Rio Branco - Acre - Brasil. Para a coleta de dados, fez-se uso de um formulário com questões prioritariamente fechadas, cujos processamento e análise foram efetuadas no EPINFO-6, com apresentação de freqüência e percentual. Sob o ponto de vista ético da pesquisa, foi solicitada sua participação espontânea, além de garantir o anonimato. Resultados: A população do estudo variou de 18 a 69 anos, sendo 61,7% masculino e 38.3% feminino. 49,8% eram solteiros e 44,9% casados/juntados, sendo que 38,9% possuíam o segundo grau completo. 52,5% não levavam consigo preservativo no final de semana, além de que 84,2% não o possuíam no ato da pesquisa. Apenas 4,1% saíram à procura de atividade sexual e 41,5% a realizaram. 94,5% já haviam usado o preservativo masculino com 85,2% de aceitação e 94,7% pela parceira. Os dados mostraram também que 49,6% compraram o preservativo, contra 45,2% que haviam recebido do governo. Com relação ao local de guarda do preservativo masculino. 36,4% o colocaram no porta-luvas do carro, seguido por 19,5% na carteira de dinheiro no bolso traseiro da calça, enquanto que para o feminino, 33,3% também o colocaram no porta-luvas do carro e 66,7% na bolsa a tiracolo. Conclusão: Pesquisa altamente relevante, onde os sujeitos têm feito uso do preservativo, com ótima aceitação inclusive pela parceira. Destacam-se os que não. ou às vezes, levavam preservativo no final de semana com risco para sua saúde, apesar de possuí-los dentro do prazo de validade e estarem com a embalagem íntegra. Salienta-se ainda o não acondicionamento adequado dos preservativos, com excessiva exposição ao calor e maceração, o que de certa forma os expõem ao risco de gravidez indesejada e à infecção pelas doenças sexualmente transmissíveis. Quanto à avaliação da campanha do governo ao incentivo do uso do preservativo masculino para o item ótimo/bom alcançou 85,8%, contra 32,2% da feminina, e que 97.1 % avaliaram esta pesquisa como ótima/boa.

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Biografia do Autor

Andréa R. Silva

Aluna do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Acre - Rio Branco - Acre - Brasil. Bolsista do PIBIC/CNPq - 2001/2002.

Creso M. Lopes

Prof. Dr. do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Acre - Rio Branco - Acre - Brasil. Orientador. Enfermeiro. COREn - AC. n° 9.770.

Pascoal T. Muniz

Prof. Dr. do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Acre - Rio - Branco - Acre - Brasil. Nutricionista.

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Publicado

2002-10-30

Como Citar

1.
Silva AR, Lopes CM, Muniz PT. Blitz do preservativo masculino e feminino: porte, acondicionamento e uso. DST [Internet]. 30º de outubro de 2002 [citado 22º de novembro de 2024];14(6):22-3. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/445

Edição

Seção

Artigo original