Reprodutibilidade do teste de captura híbrida de segunda geração na detecção de HPV de alto risco em material cervicovaginal de autocoleta

Autores

  • Adriana Cremonesi
  • Eliane Taromaru
  • Gerson Botacini das Dôres
  • Adauto Castelo
  • Adhemar Longatto Filho
  • Tânia Maria CW Veras
  • Francisco Holanda Júnior

Palavras-chave:

HPV, autocoleta, captura híbrida

Resumo

Introdução: o câncer de colo uterino é a terceira causa de óbito na população feminina do Brasil. Ocorrem anualmente cerca de 17 mil novos casos com taxa de mortalidade estimada em 4 mil casos. O papilomavírus humano (HPV) é o principal fator de risco associado a esse tipo de câncer. Alguns tiposde HPV, denominados de alto risco, são carcinogênicos e encontrados em praticamente 100% dos tumores cervicais e na maioria das lesões de alto grau. Assim, a aplicação clínica de testes moleculares para a detecção do HPV no conteúdo cervicovaginal, como estratégia de triagem de câncer de colo elesões de alto grau, é de grande interesse. Objetivo: o presente trabalho teve por objetivo comparar os resultados da captura híbrida II para HPV de altorisco oncogênico em material coletado por médico e o proveniente de autocoleta domiciliar. Métodos: trezentas e vinte e três mulheres foram submetidas à coleta de material vaginal por autocoleta domiciliar e, posteriormente, por profissional médico. Os dois materiais de cada paciente foram submetidos aoteste de CH II (STM, DIGENE Corp., USA). para HPV de risco oncogênico. O presente protocolo foi submetido à apreciação e aprovado pela Comissão de Ética da Secretária de Saúde do Estado do Ceará, que indicou para participar do estudo as cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Sobral e Pedra Branca. Foram incluídas neste estudo mulheres que moravam em uma das cidades selecionadas, com idade entre 15 a 50 anos e com o último exame preventivorealizado há mais de seis meses. Resultados:das 323 mulheres avaliadas, 17,96% apresentaram resultados positivos para ambos os métodos de coleta, 73, 37% apresentaram resultados negativos para ambos os métodos de coleta, 1,86% apresentaram resultados positivos por coleta médica e negativa paraautocoleta, e 6,81% apresentaram resultados positivos por autocoleta e negativos por coleta médica. Conclusão: a autocoleta mostrou-se significativa-mente reprodutível com a possibilidade de atender a mulheres sem aceso a serviços de saúde.

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Biografia do Autor

Adriana Cremonesi

Bióloga formada pela Universidade de Santo Amaro (UNISA), pós graduanda em Qualidade e Produtividade Empresarial: Logística e Gestão de Processos pelo IPT(USP) e Encarregada de Produção da Digene Brasil.

Eliane Taromaru

Gerente Técnica da Digene Brasil, São Paulo, Brasil.

Gerson Botacini das Dôres

Diretor Científico da Digene Brasil, São Paulo, Brasil.

Adauto Castelo

Professor Adjunto de Doenças Infecciosas da Escola de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brasil.

Adhemar Longatto Filho

Pesquisador Científico do Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, Brasil, Postdoctoral fel-lowship Universidade do Minho, Escola de Ciências da Saúde, Braga, Portugal.

Tânia Maria CW Veras

Diretora do Instituto de Prevenção do Câncer do Ceará (IPCC), médica, ginecologistae obstetra , coordenadora do Programa de Prevenção do Câncer de Colo do Útero doEstado do Ceará e mestranda em ginecologia pela UFCE.

Francisco Holanda Júnior

Médico, ginecologista e obstetra da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará.

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Publicado

2004-04-27

Como Citar

1.
Cremonesi A, Taromaru E, Dôres GB das, Castelo A, Longatto Filho A, Veras TMC, et al. Reprodutibilidade do teste de captura híbrida de segunda geração na detecção de HPV de alto risco em material cervicovaginal de autocoleta. DST [Internet]. 27º de abril de 2004 [citado 16º de maio de 2024];16(4):5-10. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/531

Edição

Seção

Artigo original