A ética da revelação da infecção pelo HIV a crianças infectadas por transmissão perinatal
Palavras-chave:
HIV, revelação, Bioética, profissionais de enfermagem pediátrica, infecção materno-infantil do HIVResumo
Introdução: A assistência a crianças com infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) se tornou uma área de preocupação para os profissionais de saúde pediátrica. A transmissão perinatal, ou transmissão da mãe para o bebê, é responsável por aproximadamente 90% de todos os casos de HIV em crianças. Objetivo: A assistência a crianças com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) nos Estados Unidos tornou- se uma área de preocupação para profissionais de saúde que trabalham com pacientes pediátricos. Os objetivos desse artigo são identificar as razõespelas quais os pais não revelam a soropositividade a crianças; discutir os desafios para os profissionais de saúde, como enfermeiros e profissionais deenfermagem que provêm assistência a crianças HIV positivas; e discutir os desafios éticos enfrentados por profissionais de saúde. Métodos: Esseartigo utilizou um estudo de caso para apresentar os aspectos éticos complexos da revelação do diagnóstico de infecção materno-infantil do HIV auma criança contra a vontade de seus pais. Resultados: Com base nos princípios éticos, profissionais de saúde devem adotar uma postura que dêsuporte à revelação do diagnóstico em algum momento da vida de uma criança ou adolescente. A revelação do estado sorológico é uma experiênciaestressante para os pais, para a criança e para o profissional de saúde que faz a revelação. A revelação, desta forma, deve ocorrer como um processo. Conclusão: A revelação do diagnóstico a uma criança infectada pelo HIV é um tema difícil para profissionais de saúde e para pais. As instituiçõesque oferecem assistência a crianças infectadas pelo HIV devem dispor de protocolos, para manejar essa complexa situação. Embora muitos fatores,além dos aspectos éticos devam ser considerados, a ética provê um ponto de partida para o enfrentamento desses assuntos. É fundamental que osinteresses da criança sejam o centro do processo de tomada de decisão por parte dos profissionais de saúde que lhes prestam atendimento.