Papilomavírus humano e neoplasia cervical
a produção científica dos países da América Latina e Caribe nos últimos 11 anos
Palavras-chave:
neoplasias do colo uterino, Papilomavírus, infecções por papilomavírusResumo
Introdução: desde 1995 o papilomavírus tem sido associado ao desenvolvimento de neoplasia cervical. No mundo todo, aproximadamente 37 milmortes aconteceram devido a este agravo, sendo o vírus prevalente em 99,7% das mulheres. Colômbia, Argentina e Jamaica são os países da AméricaLatina e do Caribe com maior prevalência. Objetivo:descrever a produção científica, dos países da América Latina e do Caribe, que tratam da asso-ciação do papilomavírus e de neoplasia cervical no intuito de identificar as lacunas do conhecimento nesta produção. Métodos:fez-se uma revisãobibliográfica de 1995 a 2005, no banco de dados LILACS, utilizando os descritores Neoplasia do Colo Uterino, Papilomavírus e Infecções por Papi-lomavírus. Os resumos foram analisados e organizados segundo o ano e o idioma de publicação, o país de origem dos autores e o(s) objetivo(s) doestudo. Resultados:analisaram-se 22 resumos; a maior produção foi nos últimos 4 anos; Brasil, México, Cuba e Chile foram os países que maisindexaram artigos, respectivamente. O idioma inglês foi mais prevalente. Os estudos abordaram principalmente os aspectos epidemiológicos e clíni-cos da associação em estudo. Identificaram-se a necessidade de produção científica que faça uma análise da situação com enfoque de gênero, a vulne-rabilidade, a inserção social e as técnicas para a apropriação do conhecimento fornecido sobre a prevenção do papilomavírus e neoplasia cervical,para que a mulher possa exercer maior autonomia sobre sua saúde. Conclusão: a despeito da produção científica que tem subsidiado os ProgramasPreventivos de Neoplasia Cervical não se têm alcançado o impacto esperado. Mesmo com a produção de vacina contra o papilomavírus é necessárioque se desenvolvam novos estudos que busquem maior autonomia da mulher. Indica-se a necessidade de intensificar a produção científica no sentidode desenvolver teorias e métodos que esclareçam a relação entre a produção da doença nas mulheres e as formas concretas de intervenção.