Avaliação da Sífilis Congênita no estado do Espírito Santo

Autores

  • Lucia Helena M Lima
  • Maria Fátima C Gurgel
  • Sandra F Moreira-Silva

Palavras-chave:

sífilis congênita, gestantes, incidência, vigilância

Resumo

Introdução:todo ano, pelo menos meio milhão de crianças nascem com sífilis congênita no mundo e a sífilis materna causa outro meio milhão de natimortose abortos. Com o desenvolvimento de testes simples e confiáveis a doença poderia ser facilmente detectada e tratada com pouco custo. Objetivos: conhecera incidência da sífilis congênita nos últimos seis anos no estado do Espírito Santo avaliando dados do pré-natal para otimizar medidas de prevenção e decontrole da doença. Métodos: casos de sífilis congênita notificados no Sistema Nacional de Agravos de Notificação do estado do Espírito Santo avaliando ocoeficiente de incidência por mil nascidos vivos nos anos de 2000 a 2005 foram incluídos nesse estudo. Dados relacionados ao pré-natal foram analisadosentre os casos notificados no ano de 2005. Resultados: um total de 1.803 casos de sífilis congênita foram notificados nesse período. O coeficiente deincidência de 2000 a 2005 foi respectivamente de 5,32; 4,94; 5,95; 6,25; 6,13 e 5,08. Na análise dos casos notificados no ano de 2005, crianças com sífiliscongênita cuja mãe participou do pré-natal correspondeu a 75,20%; 78,53% detectaram a sífilis durante o pré-natal e somente 5,33% das mulheres grávidasreceberam tratamento adequado. Em 60,67% dos casos o parceiro não foi tratado. Conclusão: apesar de estável até o ano de 2004, observou-se uma reduçãodo coeficiente de incidência no ano de 2005. Acreditamos que os resultados das campanhas, treinamentos dos profissionais de saúde realizados, melhoria dasnotificações e medidas implementadas para a redução da sífilis congênita estão começando a mostrar resultados em nosso Estado. Precisamos melhorar aqualidade da assistência pré-natal para que esse agravo prevenível não continue afetando tantas crianças.

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Biografia do Autor

Lucia Helena M Lima

Médica Ginecologista e Obstetra, Vigilância Epidemiológica DST/AIDS,Secretaria do Estado da Saúde/ES. Mestre em Doenças Infecciosas – NDI/UFES.2 Médica Sanitarista, SESA/IESP.

Maria Fátima C Gurgel

Médica Sanitarista, SESA/IESP.

Sandra F Moreira-Silva

Médica Infectologista Pediatra, Coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids, SESA / ES. Mestre em Doenças Infecciosas – NDI/UFES.

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Publicado

2006-06-08

Como Citar

1.
Lima LHM, Gurgel MFC, Moreira-Silva SF. Avaliação da Sífilis Congênita no estado do Espírito Santo. DST [Internet]. 8º de junho de 2006 [citado 19º de maio de 2024];18(2):113-6. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/638

Edição

Seção

Artigo original