Influência da infecção por papillomavirus humano no microbioma vaginal de mulheres imunocompetentes
Palavras-chave:
infecções por papillomavirus, teste de Papanicolaou, vaginiteResumo
Introdução: A influência das infecções vaginais na história natural do papillomavirus humano (HPV) ainda é incerta. Objetivo: Determinar se pacientes com lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau (LIEBG) e HPV têm mais vulvovaginites que aquelas com citologia cervical em meio líquido normal e testes negativos para HPV. Métodos: Este é um estudo transversal, que incluiu 322 mulheres que fizeram exames de colo. Cento e sessenta e sete destas tinham LIEBG na citologia oncótica e foram simultaneamente positivas para HPV na captura híbrida 2 (CH2). As outras 155 tiveram citologias negativas para neoplasia intraepitelial e malignidade e eram CH2 negativas para HPV. A prevalência de infecção vaginal nos dois grupos foi comparada usando o teste do χ2 sem correção de Yates. Resultados: Entre as pacientes com HPV e LIEBG, a infecção vaginal mais comum foi a vaginose (8,98%), enquanto que, no grupo sem LIEBG e sem HPV, foi a candidíase (12,9%). Nenhuma diferença estatisticamente significante foi encontrada na prevalência de vaginose entre os dois grupos (p=0,53). Candidíase foi estatisticamente mais prevalente nas pacientes sem LIEBG e HPV (p<0,001). Conclusão: Foi encontrada uma associação entre a presença de Candida e a ausência de HPV. Embora a vaginose tenha sido mais frequente em pacientes com LIEBG e HPV, esse dado não foi estatisticamente significante.