Soroprevalência para toxoplasmose, sífilis, hepatite B, hepatite C, rubéola, citomegalovírus e vírus da imunodeficiência humana em gestantes atendidas no hospital universitário Antônio Pedro, Niterói RJ entre 2008 e 2012
Palavras-chave:
soroprevalência, gestante, transmissão verticalResumo
Introdução: A triagem e o tratamento das doenças infecciosas em gestantes são de grande importância para o planejamento de ações preventivas e a elaboração de políticas de saúde materno-infantil. Objetivo: Determinar a soroprevalência de toxoplasmose, sífilis, hepatite B, hepatite C, rubéola, citomegalovírus (CMV) e infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) em gestantes acompanhadas no Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói (RJ). Métodos: Foi feito um estudo transversal por meio de revisão de testes sorológicos registrados nos prontuários médicos de gestantes atendidas, de 2008 a 2012, no Ambulatório de Pré-Natal. Resultados: As prevalências encontradas foram: 61,4 (IgG) e 2,4% (IgM) para toxoplasmose; 95,1 (IgG) e 0,5% (IgM) para rubéola; 95,1 (IgG) e 1,2% (IgM) para CMV; 0,9% para hepatite B (HBsAg); 1,6% para hepatite C; 1,5% para sífilis; e 5,8% para infecção pelo HIV. Não houve, entre gestantes infectadas e não infectadas pelo HIV, diferenças estatisticamente significativas nas frequências das infecções estudadas. As taxas de transmissão vertical foram de 4,2% (2/48) para o HIV; 33,3% (5/15) para toxoplasmose; e 22,2% (2/9) para sífilis. Foram detectadas alterações compatíveis com rubéola congênita em 1/5 crianças cuja mãe apresentava IgM e IgG positivas para tal infecção durante a gestação. A coinfecção HIV/toxoplasmose ocorreu em uma criança. Conclusão: O número de gestantes susceptíveis à toxoplasmose (38,8%) e ao vírus da hepatite B (VHB) (66,3%) revela a necessidade de medidas diagnósticas e preventivas da toxoplasmose durante a gestação e vacinação para o VHB, visando diminuir o risco dessas infecções durante a gravidez, melhorando, assim, a saúde materno-infantil.