Análise dos casos de notificação de sífilis congênita em um hospital de referência de Niterói, 2008-2015

Autores

  • Larissa Franco Motta de Souza Universidade Federal Fluminense - UFF
  • Priscila Morais Monteiro Universidade Federal Fluminense - UFF
  • Ananda dos Santos Mota Universidade Federal Fluminense - UFF
  • Mauro Romero Leal Passos Universidade Federal Fluminense - UFF
  • Edilbert Nahn Pellegrini Júnior Faculdade de Medicina de Campos - FMC

Palavras-chave:

sífilis, sífilis congênita, notificação, Vigilância Epidemiológica, Epidemiologia

Resumo

Introdução: Sífilis congênita (SC) é um grave problema de saúde pública no Brasil, sendo causa de óbito fetal e outras complicações perinatais, além de ser um bom indicador de qualidade do pré-natal. Objetivo: Conhecer a frequência de notificação de SC no Hospital Universitário Antonio Pedro da Universidade Federal Fluminense (HUAP), Niterói, Rio de Janeiro, e analisar vários dados das fichas de notificação compulsória (FNC) dessa doença. Métodos: Estudo retrospectivo temporal sobre a frequência de notificação de SC no HUAP (Departamento de Vigilância Epidemiológica) no período de 2008–2015. Resultados: Recebemos 56 FNC. Analisamos dados de diagnóstico, tratamento, sinais e sintomas de SC, entre outros. Excluímos quatro fichas (4/56/7,14%) por não conterem dados mínimos para análise. Assim, trabalhamos com 52 FNC do período de oito anos. Apenas 9 (9/52/17,37%) FNC estavam totalmente preenchidas. Os números de partos/SC/% no HUAP foram: 2008 (389/8/2,05%); 2009 (373/6/1,60%); 2010 (442/4/0,90%); 2011 (508/0/0%); 2012 (521/1/0,19%); 2013 (640/9/1,40%); 2014 (522/14/2,68%); 2015 (422/10/2,37%). A idade materna: 6 gestantes (11,5%) entre 14 e 18 anos, 25 (48,1%) entre 19 e 25 anos, 18 (34,6%) entre 26 e 40 anos e 3 (5,8%) ignorada. Sobre pré-natal: 10 (19,2%) gestantes realizaram no HUAP, 34 (65,4%) em unidades básicas de saúde de Niterói e de outras cidades do estado e 8 (15,4%) não realizaram. O diagnóstico da sífilis materna ocorreu durante o pré-natal em 37 (71,0%) casos, no parto em 12 (23,0%) e após o parto em 3 (6,0%). Apenas 11 parceiros (21,1%) foram tratados. Quarenta e oito (92,3%) recém-nascidos foram tratados adequadamente. Evolução dos casos: 46 (88,5%) continuaram vivos, 3 (5,8%) foram natimortos, 2 (3,8%) evoluíram para óbito pós-parto e 1 (1,9%) foi aborto. Conclusão: A notificação e o preenchimento completo das FNC de SC são de crucial importância para entendimento dos casos e controle da SC junto às gestantes e avaliação do pré-natal. No que diz respeito à sífilis congênita, nós percebemos que o serviço de notificação do HUAP tem bom espaço para avançar.

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Publicado

2017-01-08

Como Citar

1.
Souza LFM de, Monteiro PM, Mota A dos S, Passos MRL, Pellegrini Júnior EN. Análise dos casos de notificação de sífilis congênita em um hospital de referência de Niterói, 2008-2015. DST [Internet]. 8º de janeiro de 2017 [citado 3º de julho de 2024];29(1):17-21. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/786

Edição

Seção

Artigo original