Triagem sorológica para sífilis, HIV e hepatites B e C entre parturientes atendidas no centro obstétrico de um hospital no Sul do Brasil, 2014–2016
Palavras-chave:
gestantes, cuidado pré-natal, doenças sexualmente transmissíveis, sífilis, HIV, hepatite B, hepatite CResumo
Introdução: Com o pré-natal, morbidades e mortalidade materno-infantil podem ser evitadas. Objetivo: Estimar a soroprevalência de sífilis, vírus da imunodeficiência humana (HIV) e hepatites B e C entre parturientes submetidas a teste rápido no centro obstétrico de um hospital no Sul do Brasil de 2014 a 2016. Métodos: Estudo com delineamento transversal. Foram estudadas parturientes que não haviam realizado pré-natal ou realizado o pré-natal incompleto, com ênfase no terceiro trimestre, e que foram submetidas à realização de testes rápidos durante o trabalho de parto. O estudo é do tipo censo, incluindo todos os registros de testes rápidos entre 2014 e 2016, além da revisão do prontuário eletrônico. Resultados: Das 1.281 gestantes submetidas à triagem sorológica, 1.204 realizaram teste para HIV com dois casos reagentes (0,2%), 232 para hepatite B com três casos reagentes (1,3%), 243 para hepatite C com dois casos reagentes (0,8%) e 234 para sífilis com 18 casos reagentes (7,7%). Houve uma gestante que apresentou coinfecção entre sífilis e hepatite C. A média de idade foi de 26,3 (DP±6,7) anos, variando de 14 a 47 anos, e o tipo de parto de maior prevalência foi a cesariana, com 738 casos (57,6%). Conclusão: Com base nos dados do estudo, foi possível concluir que as infecções sexualmente transmissíveis estão presentes na população e que um pré-natal bem realizado pode evitar a transmissão vertical com o monitoramento adequado do neonato.