Contribuição ao estudo da vigilância epidemiológica de sífilis congênita em um hospital da rede do Sistema Único de Saúde da Baixada Fluminense, estado do Rio de Janeiro
Palavras-chave:
sífilis congênita, vigilância epidemiológica, doenças sexualmente transmissíveis, cuidado pré-natal, sistemas de saúdeResumo
Introdução: A sífilis consiste numa doença sexualmente transmissível (DST) clássica de etiologia bacteriana que, caso não seja diagnosticada em tempo hábil com tratamento imediato, pode provocar, no caso de gestantes, possíveis repercussões, como deformações fetais, aborto e natimorto sifilítico ou neonato com sífilis (sífilis congênita), caracterizando-se assim como um grave problema de saúde pública. Objetivo: Descrever a prevalência de sífilis congênita em um hospital da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) da Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. Métodos: Casos identificados de sífilis congênita no Hospital Estadual da Mãe (HMAE) no período de janeiro de 2013 a janeiro de 2014. Estudo descritivo e retrospectivo de dados coletados dos prontuários médicos. Análise descritiva com proporções das variáveis categóricas. Resultados: Foram analisados 175 casos notificados de sífilis congênita em 6.274 partos (2,7%). Cerca de 80,0% das mulheres com sífilis realizaram o pré-natal. Quanto à distribuição do número de parceiros sexuais de gestantes com sífilis que fizeram tratamento durante o pré-natal das gestantes, de 175 prontuários somente de cinco constava a informação de que parceiros das gestantes realizaram o tratamento com a gestante, enquanto 16 prontuários continham a informação de que o parceiro não havia realizado o tratamento, e em 154 prontuários não obtivemos informações sobre os parceiros das gestantes. Conclusão: A maioria absoluta dos casos de sífilis congênita ocorreu em gestantes que tinham realizado pré-natal. Isso demonstra que é necessário melhorar a qualidade da atenção básica, a fim de eliminar esse grave problema da saúde pública brasileira