Prevalência de positividade em teste rápido para sífilis em campanha no nordeste do Brasil

Autores

  • Karinna Alves Amorim de Sousa Universidade Federal do Piauí
  • Telma Maria Evangelista de Araujo Universidade Federal do Piauí
  • Layze Braz de Oliveira
  • Luciana Sena Sousa

Palavras-chave:

sífilis, prevalência, epidemiologia

Resumo

A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica causada pela bactéria Treponema pallidum, de transmissão predominantemente sexual. Os casos diagnosticados no Brasil aumentam a cada ano, e a prevalência da sífilis na gestação é de aproximadamente 1%, sendo o número notificado inferior ao esperado, indicando dificuldades no diagnóstico. Campanhas para detecção da sífilis é uma das estratégias para possibilitar o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno. Objetivo: Levantar a prevalência de teste rápido reagente para sífilis e os fatores de risco à infecção. Métodos: Pesquisa epidemiológica, descritiva, transversal. A coleta foi realizada no carnaval de 2016, na capital piauiense, Teresina. A população foi composta dos que aceitaram participar voluntariamente com consentimento expresso (n=532), sendo 57% mulheres e 43% homens. A testagem foi realizada por profissionais capacitados e iniciou-se pelo aconselhamento pré-teste por meio de entrevista individual e garantia de sigilo das informações. Em seguida, fez-se o teste rápido mediante punção de sangue da polpa digital. Ao final, o resultado foi repassado por aconselhamento pós-teste, com orientações sobre prevenção e encaminhamento dos casos positivos para continuação da investigação da infecção. Resultados: A prevalência de testes rápidos reagentes para sífilis foi de 5,4%. Observou-se predominância no sexo masculino (65,5%), de pardos (45%), idade entre 29 e 39 anos (38%), solteiros (65,5%), com escolaridade entre 8 e 11 anos de estudo (34,4%). Do total, 52% realizava o teste pela primeira vez. Quanto à prática sexual, 76% afirmaram ter tido de um a cinco parceiros sexuais no último ano, apenas 24,1% relataram usar preservativos com parceiros eventuais, e 55,2% contaram não usar camisinha com parceiros fixos. O uso de álcool e/ou outras drogas previamente às relações sexuais foi relatado por 86,2%. Conclusão: A prevalência encontrada justifica a necessidade de se intensificar ações que possibilitem a ampliação do acesso ao diagnóstico e o tratamento oportuno para controle da infecção. O estudo permite deduzir a importância de campanhas educativas e de detecção de casos em virtude da boa adesão dos participantes, além de apontar que devem ser adotadas estratégias para tornar mais evidente à população o aumento dos casos e formas de prevenção da doença.

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Biografia do Autor

Karinna Alves Amorim de Sousa, Universidade Federal do Piauí

Transmitted Diseases Department, Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI) – Teresina (PI), Brazil. Universidade Federal do Piauí – Teresina (PI), Brazil.

Telma Maria Evangelista de Araujo, Universidade Federal do Piauí

Universidade Federal do Piauí – Teresina (PI), Brazil

Layze Braz de Oliveira

School of Nursing – Ribeirão Preto (SP), Brazil.

Luciana Sena Sousa

SESAPI – Teresina (PI), Brazil.

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Publicado

2018-03-10

Como Citar

1.
Sousa KAA de, Araujo TME de, Oliveira LB de, Sousa LS. Prevalência de positividade em teste rápido para sífilis em campanha no nordeste do Brasil. DST [Internet]. 10º de março de 2018 [citado 4º de dezembro de 2024];30(1):16-9. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/822

Edição

Seção

Artigo original