Sífilis congênita em maternidade filantrópica do estado de Sergipe

ainda um desafio

Autores

  • Rafael Silva Santos Universidade Tiradentes
  • Izailza Matos Dantas Lopes Universidade Tiradentes
  • Adriana Dantas Lopes Universidade Tiradentes
  • Sonia Oliveira Lima Universidade Tiradentes
  • Francisco Prado Reis Universidade Tiradentes

Palavras-chave:

sífilis congênita, recém-nascido, exames obrigatórios

Resumo

Introdução: A sífilis é uma doença bacteriana que tem como principais meios de contaminação a via transplacentária e a sexual. Sua alta prevalência na gestação no Brasil a torna um problema de saúde pública. Objetivo: Avaliar a positividade dos exames preconizados pelo Ministério da Saúde (MS) em filhos de mães Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) positivo, mediante dados do ambulatório de sífilis congênita numa maternidade filantrópica de Aracaju (SE). Métodos: Design observacional, longitudinal e descritivo, seguindo o protocolo do programa de eliminação de sífilis congênita do MS de 2006. Foram incluídos nascidos vivos de mães VDRL positivo, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2014. Na análise de dados, utilizou-se o software SPSS® versão 21.0. Resultados: Foram avaliados 428 recém-nascidos (RN); 395 realizaram radiografia de ossos longos, dos quais 7,3% tinham alterações radiológicas. O VDRL foi positivo no liquor em 2,7% e no sangue periférico em 70,3% deles. O teste da orelhinha e o exame de fundo de olho foram alterados em 3,0 e 2,5%, respectivamente. A chance de ter alterações ósseas foi maior naqueles que nasceram com peso entre 1 e 2,5 kg e naqueles que apresentaram sintomas de sífilis. A positividade do liquor foi maior naqueles que tinham alterações ósseas, eram sintomáticos e cujos parceiros não foram tratados. O tratamento materno diminuiu a chance de alterações ósseas nos bebês. Conclusão: O teste não treponêmico, o VDRL, em sangue periférico foi o mais significativo na identificação da transmissão vertical, correspondendo a 70,3% das amostras identificadas, sugerindo-se que sua utilização teve maior sensibilidade diagnóstica, tendo a radiografia de ossos longos, o teste da orelhinha e o exame de fundo de olho um papel complementar no rastreio dos filhos de mães VDRL positivo. Além disso, o acompanhamento ambulatorial dos pacientes foi estatisticamente significativo (p<0,01) para redução de morbimortalidade dos pacientes avaliados. Isso reforça a importância da manutenção das guidelines para manejo de sífilis congênita do MS, utilizadas na instituição na época do estudo, objetivando erradicar essa doença que ainda persiste apesar de quase sete décadas do uso da penicilina.

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Biografia do Autor

Rafael Silva Santos, Universidade Tiradentes

Universidade Tiradentes – Aracaju (SE), Brazil

Izailza Matos Dantas Lopes, Universidade Tiradentes

Universidade Tiradentes – Aracaju (SE), Brazil.

Adriana Dantas Lopes, Universidade Tiradentes

Universidade Tiradentes – Aracaju (SE), Brazil.

Sonia Oliveira Lima, Universidade Tiradentes

Universidade Tiradentes – Aracaju (SE), Brazil.

Francisco Prado Reis, Universidade Tiradentes

Universidade Tiradentes – Aracaju (SE), Brazil.

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Publicado

2018-07-02

Como Citar

1.
Santos RS, Lopes IMD, Lopes AD, Lima SO, Reis FP. Sífilis congênita em maternidade filantrópica do estado de Sergipe: ainda um desafio. DST [Internet]. 2º de julho de 2018 [citado 4º de dezembro de 2024];30(2):41-6. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/825

Edição

Seção

Artigo original