Uso de probióticos em gestantes com rotura prematura de membranas ovulares melhora o desfecho materno e perinatal?
uma revisão sistemática
Palavras-chave:
probióticos, ruptura prematura de membranas fetais, gravidez, microbiotaResumo
Introdução: A rotura prematura de membranas ovulares é uma condição que afeta 8–10% de todas as gestações e contribui com 20–40% dos partos prematuros. Evidências mostram que mudanças na microbiota vaginal podem ter impacto favorável na diminuição de sua prevalência, e o tratamento expectante pode ser uma abordagem adequada para reduzir a morbidade nesses casos. Objetivo: Investigar se o uso de probióticos em gestantes com rotura prematura de membranas ovulares melhora o desfecho materno e perinatal. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática desenvolvida com base em artigos publicados no período de janeiro de 2001 a agosto de 2018, que justificam o uso de probióticos em gestantes com rotura prematura de membranas ovulares para melhorar o desfecho materno e perinatal. Resultados: Alguns estudos mostraram potencial atuação dos probióticos em modular comunidades bacterianas vaginais, em reduzir taxas de cesarianas e rotura prematura de membranas ovulares, além de aumentar o período de latência e peso do recém-nascido de gestantes com esse quadro. Porém, em outros trabalhos, não houve confirmação de mudanças na microbiota vaginal pelo uso de probióticos orais. Conclusão: Há benefícios na administração dos probióticos sobre o binômio mãe-feto, contudo ainda há dúvidas sobre vias de administração, sobre escolha das cepas e sobre tempo de uso. Mais estudos precisam ser realizados para dirimi-las.