Perfil clínico e epidemiológico de pacientes que buscam profilaxia pós-exposição sexual ao HIV e sua adesão à medicação em Cascavel, Paraná, Brasil

Autores

  • Vania Orlandi
  • Dilson Fronza
  • Douglas Soltau Gomes
  • Josana Aparecida Dranka Horvath
  • Winny Hirome Takahashi Yonegura

Palavras-chave:

AIDS, profilaxia pós-exposição, HIV

Resumo

Introdução: A profilaxia pós-exposição (PPE) faz parte das novas estratégias de prevenção da transmissão do vírus da imunodeficiência humana adotadas pelo Ministério da Saúde do Brasil. A abordagem constitui-se do uso de medicação antirretroviral por 28 dias após potencial exposição ao vírus, impedindo que o mesmo se estabeleça no organismo. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico de pacientes que buscam PPE por atividade sexual consensual em um centro especializado em doenças infecciosas de Cascavel, Paraná, Brasil. Métodos: O trabalho consistiu na avaliação de uma coorte retrospectiva baseada na coleta de dados de prontuários de atendimentos para PPE sexual de novembro de 2011 a julho de 2016. Resultados: Foram analisados 153 prontuários e observou-se procura superior por PPE por indivíduos do sexo masculino (77,12%) em relação ao feminino (22,9%). A média de idade foi de 30,05 anos entre as mulheres e 29,06 entre os homens. Observou-se tendência de demanda anual ascendente de procura pelo serviço desde a implantação da PPE em 2011. A grande maioria dos pacientes (96,76%) buscou atendimento dentro do prazo limite de 72 horas para o início da profilaxia. Do total de casos, 85,62% recebeu recomendação para o uso da medicação profilática, em apenas 45,90% desses foi possível verificar a aderência à medicação pelo tempo recomendado. Entre os pacientes que aderiram à profilaxia não foram registrados casos de soroconversão. Verificou-se redução gradativa do comparecimento às consultas de acompanhamento, houve abstenção de aproximadamente 45% após 30 dias do atendimento inicial, chegando a quase 80% passadas 12 semanas. Conclusão: Apesar da aparente eficácia da profilaxia, ainda existe dificuldade em manter o acompanhamento dos pacientes para os quais o tratamento foi instituído. Espera-se que o melhor conhecimento das informações acerca do perfil da população em questão possa contribuir para o direcionamento de políticas públicas voltadas à prevenção da síndrome da imunodeficiência adquirida.

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Biografia do Autor

Vania Orlandi

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz – Cascavel (PR), Brazil.

Dilson Fronza

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz – Cascavel (PR), Brazil. Specialized Center for Infectious and Parasitic Diseases, Prefeitura de Cascavel – Cascavel (PR), Brazil.

Douglas Soltau Gomes

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz – Cascavel (PR), Brazil. Specialized Center for Infectious and Parasitic Diseases, Prefeitura de Cascavel – Cascavel (PR), Brazil.

Josana Aparecida Dranka Horvath

Specialized Center for Infectious and Parasitic Diseases, Prefeitura de Cascavel – Cascavel (PR), Brazil.

Winny Hirome Takahashi Yonegura

Specialized Center for Infectious and Parasitic Diseases, Prefeitura de Cascavel – Cascavel (PR), Brazil.

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Publicado

2019-05-16

Como Citar

1.
Orlandi V, Fronza D, Gomes DS, Horvath JAD, Yonegura WHT. Perfil clínico e epidemiológico de pacientes que buscam profilaxia pós-exposição sexual ao HIV e sua adesão à medicação em Cascavel, Paraná, Brasil. DST [Internet]. 16º de maio de 2019 [citado 22º de dezembro de 2024];31(1):14-18. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/843

Edição

Seção

Artigo original