Agentes antiretrovirais contra o vírus da imunodeficiência humana
uma visão geral das drogas atuais e novas perspectivas
Palavras-chave:
AIDS, HIV, terapia antirretroviralResumo
Introdução: Desde sua descoberta na década de 1980, o vírus da imunodeficiência humana (HIV) tem sido alvo de muitos estudos. Atualmente, as estimativas mostram que 36,7 milhões de pessoas estão infectadas pelo HIV em todo o mundo. No Brasil, a infecção pelo HIV supera 840 mil pessoas. Globalmente, apenas 53% das pessoas infectadas pelo HIV estão sob terapia antirretroviral. Avanços significativos na terapia antirretroviral (TARV) foram feitos desde a introdução da zidovudina (AZT) em 1987. Objetivo: O objetivo deste estudo foi descrever a descoberta dos antivirais disponíveis atualmente, demonstrando suas especificidades funcionais. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática com levantamento bibliográfico nas bases de dados Index Medicus/MEDLINE e PubMed para artigos periódicos e indexados, no período de 2013 a 2018, que relataram antirretrovirais utilizados ou não na prática clínica. Resultados: Atualmente, existem seis classes de medicamentos antirretrovirais: inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa (NRTIs), inibidores não-nucleosídeos da transcriptase reversa (NNRTIs), inibidores da protease (IPs), inibidores de fusão (FIs), inibidores de entrada (CCRIs) e transferência da cadeia da integrase do HIV inibidores (INIs ou INSTIs). Em resumo, vários agentes antirretrovirais em desenvolvimento fazem da entrada do HIV, da transcrição reversa, da integração e da maturação, alvos dos medicamentos emergentes. Conclusão: Uma abordagem multifacetada para a TAR, usando combinações de inibidores que visam diferentes etapas do ciclo de vida viral, tem o melhor potencial para o controle da infecção pelo HIV a longo prazo.