Programa de prevenção da transmissão materno-infantil de sífilis e HIV no Brasil

oportunidades perdidas

Autores

  • Angelica Espinosa Miranda
  • Mariangela Freitas da Silveira
  • Maria Alix Leite Araujo
  • Leonor de Lannoy Tavares
  • Sandra Fagundes Moreira Silva
  • Leila Cristina Silva
  • Adele Schwartz Benzaken
  • Valeria Saraceni

Palavras-chave:

Transmissão da mãe para o filho, HIV, Sífilis, Sistema de saúde, Política de saúde

Resumo

Embora o rastreamento para HIV e sífilis no pré-natal faça parte da política nacional no Brasil, a cobertura do rastreamento e tratamento permanece inadequada em muitas partes do país. O objetivo deste estudo foi descrever as oportunidades perdidas de transmissão materno-infantil (TMI) do ponto de vista de gestantes, profissionais de saúde e gestores de saúde. Uma entrevista semiestruturada foi realizada em seis estados brasileiros. Foram entrevistadas gestantes, profissionais de saúde e gestores dos serviços de saúde, com o objetivo de identificar falhas no processo de atendimento às gestantes e à TMI de sífilis ou HIV. A abordagem do projeto foi quantitativa, mas perguntas abertas foram incluídas para capturar as opiniões dos participantes sobre a viabilidade das estratégias adotadas para o controle da TMI. Participaram do estudo 109 mulheres, 62 profissionais de saúde e 34 gestores. A mediana de idade das mulheres foi de 24 (intervalo:15-46) anos e a mediana de escolaridade foi de 8 anos. Oitenta por cento dos entrevistados fizeram consultas de pré-natal. Entre as que participam de consultas pré-natais, a mediana foi de 6,43 (intervalo: 1 a 20). Gestores e profissionais de saúde tiveram uma mediana de 10 anos de trabalho (intervalo: 4-25). Nas entrevistas, os gestores disseram que haviam fornecido testes e tratamento para essas infecções, mas os profissionais de saúde disseram que nem sempre tinham testes ou tratamentos disponíveis para oferecer às pacientes e a maioria das parturientes reclamou das dificuldades em receber tratamento. Organizar a logística e derrubar barreiras de cuidado ainda representam um desafio no Brasil. O sistema de saúde com funcionamento adequado e uma ação política de enfrentamento da situação podem ajudar a eliminar a TMI, quando atuam na aplicação das estratégias adotadas pelo país no controle dessas infecções.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Angelica Espinosa Miranda

Graduate Program in Collective Health, Universidade Federal do Espírito Santo – Vitória (ES), Brazil.

Mariangela Freitas da Silveira

Graduate Program in Epidemiology, Universidade Federal de Pelotas – Pelotas (RS), Brazil.

Maria Alix Leite Araujo

Graduate Program in Collective Health, Universidade de Fortaleza – Fortaleza (CE), Brazil.

Leonor de Lannoy Tavares

Secretariat of Health of Distrito Federal – Brasília (DF), Brazil.

Sandra Fagundes Moreira Silva

STD/AIDS State Program, State Secretariat of Health of Espírito Santo – Vitória (ES), Brazil.

Leila Cristina Silva

Health Surveillance Foundation, State Secretariat of Health of Amazonas – Manaus (AM), Brazil.

Adele Schwartz Benzaken

Aids Health Care Foundation – Manaus (AM), Brazil.

Valeria Saraceni

Health Surveillance Administration, Municipal Secretariat of Health, and Civil Defense of the State of Rio de Janeiro - Rio de Janeiro (RJ), Brazil.

Downloads

Publicado

2022-01-12

Como Citar

1.
Miranda AE, Silveira MF da, Araujo MAL, Tavares L de L, Silva SFM, Silva LC, et al. Programa de prevenção da transmissão materno-infantil de sífilis e HIV no Brasil: oportunidades perdidas. DST [Internet]. 12º de janeiro de 2022 [citado 24º de novembro de 2024];31(2):50-6. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/853

Edição

Seção

Artigo original