Soroprevalência do vírus linfotrópico de células T humanas I e II (HTLV I/II) entre doadores de sangue em um hemocentro público do estado de Sergipe, nordeste do Brasil

Autores

  • Cibele Macedo Santos
  • Rafael de Souza Aguiar
  • Ester Bencz
  • Vanessa Oliveira Amorim
  • Marco Aurélio de Oliveira Góes
  • Íkaro Daniel de Carvalho Barreto
  • Edivan Rodrigo de Paula Ramos

Palavras-chave:

anticorpos antideltaretrovirus, prevalência, doadores de sangue

Resumo

Introdução: Os vírus linfotrópicos T humanos tipos I/II (HTLV-I/II) têm distribuição heterogênea no mundo, sendo endêmicos em algumas localidades. Ambos os vírus podem ser transmitidos por via sexual, transfusões de sangue, uso compartilhado de seringas e agulhas, e da mãe para o filho durante a gestação, aleitamento e no momento do parto. No Brasil, o rastreamento dos HTLV I/II faz parte da triagem nacional obrigatória de doações sanguíneas desde 1988. Objetivo: O estudo teve como objetivo analisar a prevalência de anticorpos para HTLV I e II em doadores de sangue residentes no estado de Sergipe. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional, realizado com os resultados das sorologias de triagem para HTLV I/II dos doadores de sangue do hemocentro público do estado de Sergipe, de 1º de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2018. A análise estatística foi realizada com a utilização do software livre R, sendo realidade a análise descritiva e avaliação da tendência da soroprevalência para HTLV I/II no período. Resultados: Das 303.589 amostras sanguíneas analisadas, 691 (0,23%) foram positivas para HTLV I/II, sendo a maior prevalência entre indivíduos do sexo feminino (0,29%). Foi verificado o aumento da prevalência com a idade, alcançando 0,40% em pessoas com 50 anos ou mais. Doadores de reposição apresentaram maior prevalência (0,28%) em relação aos voluntários (0,17%) e aos convocados (0,06%). Houve uma tendência constante na prevalência entre 2007-2011, sendo decrescente de 2012–2018. Conclusão: Os achados indicam, além de fatores associados a maior prevalência de HTLV I/II, como sexo e faixa etária. Apesar da atual tendência decrescente entre doadores, é importante avaliar outras populações além das dos doadores de sangue, pois os critérios de seleção de doadores influenciam na positividade das amostras.

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Biografia do Autor

Cibele Macedo Santos

Medicine Department, Universidade Federal de Sergipe – Aracaju (SE), Brazil.

Rafael de Souza Aguiar

Medicine Department, Universidade Federal de Sergipe – Aracaju (SE), Brazil.

Ester Bencz

Medicine Department, Universidade Federal de Sergipe – Aracaju (SE), Brazil.

Vanessa Oliveira Amorim

Medicine Department, Universidade Federal de Sergipe – Aracaju (SE), Brazil.

Marco Aurélio de Oliveira Góes

Medicine Department, Universidade Federal de Sergipe – Aracaju (SE), Brazil.

Íkaro Daniel de Carvalho Barreto

Postgraduation Program in Biometrics and Applied Statistics, Universidade Federal Rural de Pernambuco – Recife (PE), Brazil.

Edivan Rodrigo de Paula Ramos

Medicine Department, Universidade Federal do Paraná – Curitiba (PR), Brazil.

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Publicado

2019-09-16

Como Citar

1.
Santos CM, Aguiar R de S, Bencz E, Amorim VO, Góes MA de O, Barreto Íkaro D de C, et al. Soroprevalência do vírus linfotrópico de células T humanas I e II (HTLV I/II) entre doadores de sangue em um hemocentro público do estado de Sergipe, nordeste do Brasil. DST [Internet]. 16º de setembro de 2019 [citado 3º de julho de 2024];31(3):96-101. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/860

Edição

Seção

Artigo original