Óbitos por HIV/AIDS em idosos no Distrito Federal
uma análise de 2007 a 2016
Palavras-chave:
idoso, AIDS, mortalidade, epidemiologia descritivaResumo
Introdução: A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana/síndrome da imunodeficiência adquirida (HIV/AIDS) no Brasil experimentou um aumento importante na última década entre os indivíduos com mais de 60 anos. Esse cenário aponta a necessidade de se conhecer o perfil da mortalidade por AIDS em idosos, no sentido de se adotar ações educativas e preventivas, além da capacitação profissional para o cuidado desses pacientes. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de idosos que morreram por AIDS no Distrito Federal (DF) no período de 2007 a 2016. Métodos: Estudo descritivo, do tipo ecológico, com base em dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade, obtidos por meio da Gerência de Informação e Análise de Situação em Saúde da Secretaria de Saúde do DF. A análise foi realizada no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Resultados: Os óbitos foram predominantes em homens (74,1%), especialmente entre 60 e 69 anos (70,4%). A razão por sexo foi de 2,85. Os de ensino fundamental (42,0%), casados/união estável (43,0%) e de raça/cor branca (52%) foram a maioria. Quanto ao local de residência, o Plano Piloto apresentou maior ocorrência (45,7%), seguido de Ceilândia (12,3%) e Taguatinga (8,6%). Conclusão: Observou-se que a AIDS, entre os idosos, segue a tendência nacional, predominância em idosos jovens do sexo masculino, demonstrando que as ações de prevenção necessitam obter maior alcance nessa população. As barreiras relacionadas ao preconceito e ao estigma da doença, tanto dos idosos quanto dos profissionais de saúde, precisam ser melhor estudadas no sentido de superá-las para aumentar a sobrevida e a qualidade de vida desses pacientes.