Perfil epidemiológico da sífilis congênita no município de São Luís (MA), 2008–2017

Autores

  • Alessandra Coelho Vivekananda Meireles
  • Diana Maria Silveira da Silva
  • Wendel Alencar de Oliveira
  • Vanise Frazão Ribeiro
  • Dorilea Maria da Silva de Sousa Fernandes
  • Marconi Relnner Mesquita Viana
  • Silvana Mendes Costa
  • Ana Cristina Brandão Machado

Palavras-chave:

sífilis, sífilis congênita, epidemiologia, infecções por treponema

Resumo

Introdução: A sífilis congênita é uma doença de grande magnitude, pelos crescentes números de casos novos anuais, afetando grande contingente de crianças, que traduz elevadas taxas de incidência. A ocorrência dos casos de sífilis evidencia falhas dos serviços de saúde, principalmente na atenção pré-natal. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da doença no município de São Luís. Métodos: Estudo descritivo com abordagem quantitativa. Utilizaram-se dados de sífilis congênita registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no período de 2008 a 2017. Resultados: A taxa de detecção no município apresenta crescente aumento. Foram diagnosticados 1.060 casos em neonatos, sendo 1.017 (96%) após a primeira semana de vida. Quanto ao diagnóstico final dos casos, observou-se que 967 (91,2%) foram classificados como sífilis congênita recente. A faixa etária da mãe predominante era de 20 a 34 anos, correspondendo a 743 casos (70,1%). Quanto ao acesso ao pré-natal, 802 (75,6%) das mães fizeram prénatal, enquanto 219 (20,66%) não fizeram. Entre aquelas que fizeram, 352 (33%) tiveram diagnóstico de sífilis durante o pré-natal, 481 (46%) no momento do parto/curetagem e 59 (5%) após o parto. Em relação ao esquema de tratamento da gestante, 736 (70%) receberam tratamento inadequado, 95 (8%) não receberam tratamento e 62 (6%) receberam tratamento adequado. Conclusão: O estudo contribuiu para a identificação de eventuais perdas nas etapas desse cuidado e a obtenção de informações qualificadas, que irão nortear tomadas de decisão e planejamento das ações em saúde, subsidiando o trabalho da vigilância epidemiológica na orientação aos gestores e equipes de saúde.

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Biografia do Autor

Alessandra Coelho Vivekananda Meireles

Superintendence of Epidemiological and Health Surveillance, Coordination of STI/AIDS/Viral Hepatitis – São Luís (MA), Brazil.

Diana Maria Silveira da Silva

Anil Testing and Counseling Center – São Luís (MA), Brazil.

Wendel Alencar de Oliveira

Superintendence of Epidemiological and Health Surveillance, Coordination of STI/AIDS/Viral Hepatitis – São Luís (MA), Brazil

Vanise Frazão Ribeiro

Superintendence of Epidemiological and Health Surveillance, Coordination of STI/AIDS/Viral Hepatitis – São Luís (MA), Brazil

Dorilea Maria da Silva de Sousa Fernandes

Superintendence of Epidemiological and Health Surveillance, Coordination of STI/AIDS/Viral Hepatitis – São Luís (MA), Brazil

Marconi Relnner Mesquita Viana

Superintendence of Epidemiological and Health Surveillance, Coordination of STI/AIDS/Viral Hepatitis – São Luís (MA), Brazil

Silvana Mendes Costa

Superintendence of Epidemiological and Health Surveillance, Coordination of STI/AIDS/Viral Hepatitis – São Luís (MA), Brazil

Ana Cristina Brandão Machado

Superintendence of Epidemiological and Health Surveillance, Coordination of STI/AIDS/Viral Hepatitis – São Luís (MA), Brazil

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Publicado

2020-12-01

Como Citar

1.
Meireles ACV, Silva DMS da, Oliveira WA de, Ribeiro VF, Fernandes DM da S de S, Viana MRM, et al. Perfil epidemiológico da sífilis congênita no município de São Luís (MA), 2008–2017. DST [Internet]. 1º de dezembro de 2020 [citado 21º de novembro de 2024];32. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/881

Edição

Seção

Artigo original