Perfil da sífilis gestacional no estado do Paraná entre 2010 e 2018
Palavras-chave:
sífilis, gravidez, doenças sexualmente transmissíveis, epidemiologiaResumo
Introdução: A sífilis gestacional é responsável pelo aumento da morbimortalidade fetal. Está relacionada a complicações intrauterinas e neonatais, sendo a transmissão vertical o desfecho mais grave. Sua triagem e seu tratamento fazem parte da rotina do pré-natal. Objetivo: Descrever o perfil da sífilis gestacional no estado, a incidência em regionais, a época do diagnóstico e o tratamento. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo e observacional desenvolvido com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), para avaliar as variáveis: região, trimestre do diagnóstico e tratamento da sífilis gestacional. Resultados: O Paraná registrou, entre 2010–2018, 12.011 casos de sífilis gestacional, o que corresponde a 8,5 a cada 1.000 nascidos vivos. Houve aumento no número de casos em todo o estado. Entre as gestantes infectadas, a maioria tinha entre 20–29 anos (50,6%). Dos diagnósticos, 43,6% foram realizados no primeiro trimestre de gestação e 26,6%, no segundo trimestre. O esquema terapêutico mais utilizado foi o de penicilina G benzatina 7.200.000 UI (63,7%). Conclusão: Houve aumento da sífilis gestacional no Paraná, porém, observou-se maior efetividade no diagnóstico e tratamento, com maior detecção no primeiro trimestre da gestação e prevalência do uso da penicilina G benzatina 7.200.000 UI. O estudo ressalta a importância do correto manejo clínico e da detecção precoce, medidas que evitam a transmissão vertical.