Sífilis na gestação e congênita notificadas em um hospital maternidade pública de Petrópolis – RJ

Autores

  • Álvaro José Martins de Oliveira Veiga
  • Giovanna Velloso de Oliveira
  • Rafael Vincenzo Valentin
  • Adauto Dutra Moraes Barbosa
  • Luciana Teixeira Velloso

Palavras-chave:

sífilis, sífilis congênita, cuidado pré-natal, recém-nascido, natimorto, aborto

Resumo

Introdução: A sífilis é uma doença de alta incidência no Brasil e, quando ocorre durante a gravidez, tem implicações importantes na saúde pública, pois é responsável por altos índices mortalidade e morbidade fetal perinatal. Objetivo: Verificar a prevalência da sífilis gestacional, o perfil epidemiológico da gestante e os desfechos como a sífilis congênita. Métodos: Estudo descritivo e retrospectivo de dados maternos e de recém-nascidos (RNs) obtidos das fichas de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), dos prontuários e do livro de parto da maternidade do Hospital de Ensino Alcides Carneiro (HEAC), no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2019. Resultados: Quatrocentas e dezoito gestantes com sífilis tiveram o desfecho da gravidez no HEAC. A soroprevalência para sífilis nas gestantes foi de 3,95% em 2017, 4,92% em 2018 e de 4,73% em 2019. Receberam tratamento adequado antes do parto 204 (48,8%) mulheres. Dentre os desfechos, todos foram notificados como sífilis congênita, sendo que 45 (10,7%) foram abortos ou natimortos e, entre os nascidos vivos, 58 (15,54%) foram prematuros e 67 (17,9%) apresentavam alguma manifestação clínica. Conclusão: O número de gestantes internadas no HEAC que foram notificadas com sífilis gestacional foi superior à média de notificação para esses agravos encontrada no Brasil nos anos estudados, porém foi similar à média encontrada no estado do Rio de Janeiro. Foi identificada supernotificação de sífilis congênita, tendo sido incluídos nesse diagnóstico RNs expostos a sífilis, sem critérios para sífilis congênita. Nosso sistema de notificação se mostrou frágil e incapaz de avaliar a real situação da sífilis congênita no HEAC.

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Biografia do Autor

Álvaro José Martins de Oliveira Veiga

Faculdade de Medicina de Petrópolis – Petrópolis (RJ), Brazil.

Giovanna Velloso de Oliveira

Faculdade de Medicina de Petrópolis – Petrópolis (RJ), Brazil.

Rafael Vincenzo Valentin

Faculdade de Medicina de Petrópolis – Petrópolis (RJ), Brazil.

Adauto Dutra Moraes Barbosa

Universidade Federal Fluminense – Niterói (RJ), Brazil.

Luciana Teixeira Velloso

Faculdade de Medicina de Petrópolis – Petrópolis (RJ), Brazil. Universidade Federal Fluminense – Niterói (RJ), Brazil.

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Publicado

2020-12-01

Como Citar

1.
Veiga Álvaro JM de O, Oliveira GV de, Valentin RV, Barbosa ADM, Velloso LT. Sífilis na gestação e congênita notificadas em um hospital maternidade pública de Petrópolis – RJ. DST [Internet]. 1º de dezembro de 2020 [citado 4º de dezembro de 2024];32. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/889

Edição

Seção

Artigo original