A influência do Projeto Sífilis Não nos internamentos por Sífilis congênita entre 2018 e 2019

Autores

  • Ion Garcia Mascarenhas de Andrade
  • Ricardo Alexsandro de Medeiros Valentim
  • Carlos Alberto Pereira de Oliveira

Palavras-chave:

sífilis congênita, política pública, pesquisa sobre serviços de saúde, epidemiologia

Resumo

Introdução: A epidemia de sífilis no Brasil, como atestam os Indicadores e Dados Básicos da Sífilis nos Municípios Brasileiros, publicados e atualizados anualmente pelo Ministério da Saúde, apresentou crescente número de casos em 2010, sendo o ano de 2019 o primeiro da longa série de dez anos a apresentar recuo. Ao longo dos anos de 2017 e 2018, a partir de um convênio firmado entre o Ministério da Saúde do Brasil, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), foram implantadas políticas de enfrentamento da sífilis relacionadas ao diagnóstico, ao tratamento, à prevenção e à gestão. Objetivo: O objetivo do trabalho foi testar a hipótese de que o Projeto Sífilis Não tenha influenciado o declínio das hospitalizações por sífilis congênita nos municípios brasileiros a partir de maio de 2018. Métodos: Trata-se de estudo ecológico que comparou séries temporais de internamentos por sífilis congênita anteriores e posteriores à implantação do Projeto Sífilis Não nos Municípios prioritários e nos Demais municípios. As variáveis foram analisadas pelo teste do χ2, para descartar a aleatoriedade dos resultados. As séries foram também analisadas por regressão linear, para medir os graus de correlação entre elas. Resultados: Foi identificada significância para a redução dos internamentos por sífilis congênita ocorrida após a implantação do projeto (p<0,00001). O coeficiente de determinação R2 entre as variáveis que mediram os internamentos por sífilis congênita nos Municípios Prioritários e nos Demais municípios caiu no período de 0,884 para 0,261, atestando a desassociação das séries a partir da atuação do projeto. Conclusão: Os resultados obtidos no trabalho são compatíveis com a efetividade das ações desenvolvidas pelo Projeto Sífilis Não no enfrentamento da sífilis congênita no Brasil.

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Biografia do Autor

Ion Garcia Mascarenhas de Andrade

State Secretariat of Public Health of Rio Grande do Norte – Natal (RN), Brazil. Laboratory of Technological Innnovation in Health, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal (RN), Brazil.

Ricardo Alexsandro de Medeiros Valentim

Laboratory of Technological Innnovation in Health, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal (RN), Brazil.

Carlos Alberto Pereira de Oliveira

Laboratory of Technological Innnovation in Health, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal (RN), Brazil. Institute of Human Formation with Technologies, Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro (RJ), Brazil.

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Publicado

2020-12-01

Como Citar

1.
Andrade IGM de, Valentim RA de M, Oliveira CAP de. A influência do Projeto Sífilis Não nos internamentos por Sífilis congênita entre 2018 e 2019. DST [Internet]. 1º de dezembro de 2020 [citado 4º de dezembro de 2024];32. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/892

Edição

Seção

Opinião