Resultados do estudo Sentinela-Parturiente, 2006

desafios para o controle da sífilis congênita no Brasil

Autores

  • Célia L Szwarcwald
  • Aristides Barbosa Junior
  • Angélica E Miranda
  • Leidijany C Paz

Palavras-chave:

sífilis congênita, estudo sentinela, taxa de prevalência, cobertura, atendimento pré-natal, DST

Resumo

Objetivo: estimar a prevalência de HIV e sífilis em parturientes e a cobertura dos testes de HIV e sífilis na gestação com base em informações registradas nos cartões de pré-natal e nos prontuários hospitalares. Métodos: o processo de amostragem foi probabilístico, em dois estágios de seleção. No primeiro, foram selecionadas 150 maternidades do SUS, estratificadas por porte populacional do município. Em cada maternidade, foram selecionadas 100 a 120 parturientes. A cobertura de sífilis foi estimada entre as parturientes que realizaram dois testes na gestação e um na hora do parto. A taxa de prevalência de sífilis foi estimada entre as parturientes que realizaram o teste na hora do parto. Resultados: somente 14,1% das parturientes
obedeceram às recomendações de dois testes de sífilis durante a gestação e um no parto. O percentual de gestantes que apresentaram pelo menos um teste no cartão de pré-natal foi de 75,1%, porém apenas 16,9% apresentaram os resultados dos dois testes. Das parturientes que realizaram o teste no parto, 1,1% teve resultado positivo. Entre as mulheres que haviam feito o primeiro teste no pré-natal e obtiveram resultado negativo, 0,4% teve resultado positivo no segundo teste. Entre as gestantes que não fizeram atendimento pré-natal, 1,8% teve resultado positivo na hora do parto. Conclusão: a baixa cobertura do segundo teste de sífilis no pré-natal indica que as recomendações do Ministério da Saúde não estão sendo seguidas rotineiramente. Os achados aqui apresentados indicam a necessidade de realização do segundo teste de sífilis no pré-natal para o adequado controle da transmissão vertical.

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Biografia do Autor

Célia L Szwarcwald

Pós-Doutorado – Pesquisador Titular da Fundação Oswaldo Cruz.

Aristides Barbosa Junior

Mestre – Assessor Técnico do Programa Nacional de DST e Aids.

Angélica E Miranda

Doutorado – Professora Adjunta da Universidade Federal do Espírito Santo

Leidijany C Paz

Especialização – Assessora Técnica do Programa Nacional de DST e Aids.

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Publicado

2007-12-05

Como Citar

1.
Szwarcwald CL, Barbosa Junior A, Miranda AE, Paz LC. Resultados do estudo Sentinela-Parturiente, 2006: desafios para o controle da sífilis congênita no Brasil. DST [Internet]. 5º de dezembro de 2007 [citado 22º de dezembro de 2024];19(3-4):128-33. Disponível em: https://bjstd.org/revista/article/view/903

Edição

Seção

Artigo original