Atividade sexual antes e após o diagnóstico da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana
existe modificação?
Palavras-chave:
HIV, sexo, preservativo, sexualidade, comportamento, DSTResumo
Introdução: estudos de abrangência nacional na área de comportamento sexual, riscos e proteção frente à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana e às demais doenças sexualmente transmissíveis (DST) são necessários para formular e avaliar políticas públicas. Objetivo: avaliar se existe mudança na atividade sexual de pacientes antes e após o diagnóstico da infecção pelo HIV. Métodos: realizou-se um estudo de corte transversal com 87 pacientes HIV soropositivas, com confirmação por testes realizados previamente. Estas foram submetidas à anamnese, com abordagem de dados clínicos e epidemiológicos. Resultados: a idade do grupo variou de 18 a 71 anos. A forma de contágio predominante foi a sexual (92%). A idade de início da atividade sexual variou de 12 a 30 anos. Considerando a utilização do preservativo como mecanismo de proteção de DST, observou-se que 35 pacientes (40,2%) relataram a utilização deste anteriormente à descoberta da infecção. Atualmente, 60 pacientes relatam algum tipo de proteção, representado por abstinência sexual ou utilização de preservativo. A comparação entre estas variáveis mostrou uma associação significativa a p < 0,001. Conclusão: conclui-se que existe mudança na atividade sexual das pacientes após o diagnóstico da infecção pelo HIV, representada pela abstinência sexual ou pelo uso sistemático de preservativo nas relações sexuais.