Prostituição x DST/Aids
Um estudo descritivo com perspectiva de práticas de prevenção
Palavras-chave:
prostituição, adolescência, prevenção primária, doenças sexualmente transmissíveis (DST), ABSResumo
Introdução: as doenças sexualmente transmissíveis (DST) são consideradas risco ocupacional para as prostitutas, podendo ser prevenidas com o uso do preservativo. Objetivo: relatar como as prostitutas de um município do estado do Ceará estão se prevenindo das doenças sexualmente transmissíveis e aids, e como estas estão inclusas nos programas de prevenção às DST/aids propostos pelo Programa Nacional de DST/HIV/Aids. Métodos: estudo do tipo exploratório-descritivo, retrospectivo e de natureza qualitativa. A coleta de dados foi realizada mediante a técnica de autorrelato, e os instrumentos utilizados foram observação-participante e entrevistas não estruturadas. Realizou-se com 30 prostitutas em um município do interior do estado do Ceará, no período de 2000 a 2002. As informações coletadas foram organizadas em quatro tópicos: perfil das prostitutas, uso do preservativo pela prostituta, uso do preservativo pelo parceiro e a DST como realidade, e analisadas com embasamento na literatura pertinente. Resultados: pôde-se verificar que as mulheres ingressam na prostituição ainda adolescentes, o baixo nível de informação dessas mulheres que se utilizam do sexo para sobreviver; e o não uso do preservativo em todas as relações sexuais, minimizando as práticas de prevenção com as DST/aids. Conclusão: faz-se necessário que os órgãos responsáveis elaborem estratégias que apoiem as adolescentes. Todos os fatores e determinantes causais desse problema devem ser enfatizados, devendo-lhes ser garantidas escolaridade e profissionalização, condições de trabalho digno e uma fonte de renda para o sustento de si e das suas famílias.